Os vereadores de Teresina, durante sessão nesta terça-feira (13) na Câmara Municipal de Teresina (CMT), não aprovaram o Projeto de Lei proposto pela membro da Casa Thanandra Sarapatinhas, que tentou impedir a circulação, de forma gradativa, de veículos de tração animal em Teresina. Após votação, o veto do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, se manteve.
No local, diversos carroceiros comemoraram a decisão. O projeto era muito criticado pela categoria, que temia o desemprego após a aprovação da proposta.
“Esses animais iam ser maltratados, não tem local para guardar mais de 5 mil animais”, disse a presidente do sindicato dos carroceiros Tina Lima sobre a solução dada por Thanandra em seu projeto.
Thananda fez duras críticas à Prefeitura de Teresina e aos colegas vereadores, que em um primeiro momento teriam aprovado o projeto e, após o veto de Dr. Pessoa, teriam desaprovado a proposta na votação de hoje.
“A Prefeitura estava se articulando para fazer isso da forma mais baixa e suja que sabe fazer. Eu fiquei sabendo que eles estavam atrás, tentando liberar emendas, fazendo de tudo daquele jeito “bem limpo e bacana” que o prefeito sabe fazer com os secretários dele para o povo sair, não votar, esvaziar, mudar a opinião. Eles votaram consciente e depois porque o prefeito vetou eles mudaram de ideia? Acham que o projeto não é bom? Estranho isso“, disse a vereadora.
O presidente da CMT, Enzo Samuel, falou que deve ser feito um cadastro e que os carroceiros devem ser remanejados para outras ocupações para que o projeto possa funcionar.
“A Prefeitura tem que ter um cadastro de quantos carroceiros nós temos na cidade. A partir disso você quebra um ciclo, ninguém entra mais para ser carroceiro, e essas pessoas devem ser aproveitadas dentro do mercado de trabalho enquanto esse tipo de transporte vai se encerrando. Eu acredito que se for feito esse planejamento, no máximo em seis meses ou um ano consiga contemplar a todos”, falou o vereador.
Segundo Thanandra, a luta pelos animais continua. “Eu vou fazer o que eu sempre faço, vou falar, gritar, vou tentar ir no Ministério Público e fazer a Prefeitura se manifestar de alguma forma. Eu estou aqui na câmara e não é atoa, é para dar voz para eles [animais]”, finalizou.