IBGE: Teresina lidera em calçadas, mas tropeça na acessibilidade

Capital piauiense tem um dos melhores índices do país em vias com calçadas, mas enfrenta desafios com obstáculos e falta de rampas

Teresina aparece entre as três capitais brasileiras com maior proporção de moradores vivendo em ruas com calçadas, de acordo com os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE. Cerca de 93,14% da população urbana da capital piauiense reside em vias com calçadas ou passeios. Um número que, à primeira vista, reflete um avanço na infraestrutura urbana.

Mas a realidade para quem anda pelas ruas da cidade é mais contraditória do que parece. O mesmo estudo mostra que 86,49% das calçadas de Teresina apresentam algum tipo de obstáculo, como buracos, postes, árvores ou desníveis. É o maior índice entre todas as capitais do Brasil, comprometendo a mobilidade e a segurança de milhares de pessoas — especialmente idosos, pessoas com deficiência, gestantes e crianças.

  

IBGE: Teresina lidera em calçadas, mas tropeça na acessibilidade
Divulgação
   

Além disso, apenas 11,89% dos moradores da capital têm acesso a calçadas com rampas para cadeirantes, número considerado um dos piores entre as capitais, ocupando a sexta pior colocação. O retrato completo mostra uma cidade com calçadas, sim — mas pouco preparadas para todos.

Confira abaixo os principais pontos do levantamento:

📌 Calçadas: quase universalizadas

⚠️ Obstáculos nas calçadas: um recorde negativo

♿ Acessibilidade comprometida

🌳 Falta de arborização em quase metade das vias

Os dados revelam que Teresina está no caminho certo ao garantir calçadas para a maioria da população, mas ainda precisa investir com urgência na qualidade dessas vias. A presença de obstáculos e a falta de infraestrutura adequada para pessoas com mobilidade reduzida mostram que a acessibilidade urbana ainda é um desafio. O planejamento futuro deve priorizar não apenas a existência, mas a funcionalidade, segurança e inclusão desses espaços.