Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, mostram que cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil e que, em 2018, elas já eram 34% dos “líderes de negócio”.
O aumento de mulheres empreendedoras é visto como consequência de uma série de desafios e demandas que elas enfrentam em suas vidas profissionais.
De acordo com um estudo a pandemia da COVID-19 fez com que muitas mulheres tivessem que assumir a dupla responsabilidade de trabalhar e cuidar de casa ou da família, forçando-as a buscar mais flexibilidade do que a oferecida por seus empregadores.
A dificuldade de algumas mulheres no ambiente de trabalho para conciliar a carreira com a maternidade é um dos principais obstáculos na busca por emprego. A falta de políticas corporativas não pensadas para as mães e falta de flexibilidade reflete na taxa de desemprego feminino. E, como consequência muitas mulheres estão tornando-se empreendedoras.
A maternidade e o empreendedorismo feminino estão muito ligados. A pouca flexibilidade trabalhista neste novo ciclo na vida das mulheres leva cada vez mais as mães a buscarem sua própria dinâmica de trabalho. Diante desse cenário, abrir o seu próprio negócio parece ser a melhor resolução.
As amigas Thamirys Moura e Layanne Oliveira são exemplos desta realidade. Elas fundaram uma empresa de Assessoria de Comunicação e Imagem como forma de retornar ao mercado de trabalho observando a dinâmica de um negocio mais flexível para conciliar com as demandas da maternidade.
“Trabalhamos juntas com comunicação digital, cada uma na sua devida área. Após a pandemia do Covid-19 e o trabalho remoto percebemos que daria para conciliar as demandas e resolvemos aceitar o desafio em empreender e abrir uma empresa para nós”, ressaltou Thamirys Moura.
De acordo com a empresaria Layanne Oliveira: “O empreendedorismo se mostrou como uma saída para enfrentar as dificuldades em se recolocar no mercado de trabalho após a maternidade com horários tão flexíveis”.