O deputado federal Merlong Solano (PT) faz projeções para a segunda metade do governo Lula 3. Considerando a relação do governo federal com o congresso nacional, o parlamentar admite que um provável estreitamento na relação política com os partidos de centro pode fortalecer a gestão e garantir o avanço da agenda governista.
“A base do governo no congresso nacional deve ter mais estabilidade e mais força. Pode ser que o presidente Lula precise fazer, no começo do próximo ano, uma reforma política que altere a composição dos ministérios”, ressalta Merlong.
A prováveis mudanças na estrutura administrativa do governo Lula podem ter como base o desempenho ou fidelidade das bancadas nas votações de interesse do Palácio do Planalto.
“Dos grandes partidos, o Progressistas é um dos que, quando decide entrar em uma composição de governo, costuma levar de 85 a 90% dos parlamentares de maneira fiel nas votações, coisa que não está acontecendo com alguns partidos da nossa base hoje. Alguns só entregam metade ou 40% dos votos quando o governo mais precisa”, destacou.
A conjuntura em Brasília pode ter repercussão nos estados, inclusive o Piauí. A grande mudança tende a ser a ida do Progressistas para a base do Palácio de Karnak, o que tornaria a reeleição do senador Ciro Nogueira (PP) mais confortável.