Um menor de 17 anos procurado pela polícia está no centro da confusão que terminou com a prisão do rapper Oruam, nessa terça-feira (22).
A polícia indiciou o cantor após acusá-lo de atrapalhar uma ação da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) para cumprir um mandado de apreensão do suspeito conhecido pelo apelido de “Menor Piu”.
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O adolescente é apontado como segurança do traficante Doca, um dos chefes do Comando Vermelho e um dos criminosos mais procurados do estado.
O menor também seria um dos maiores ladrões de carro da região metropolitana do Rio, de acordo com informações do secretário de Polícia Civil.
Segundo a polícia, o suspeito foi abordado ao sair da casa de Oruam, no Joá, na zona oeste do Rio, na noite de segunda (21).
Vídeos flagraram um tumulto durante a ação policial. Uma imagem registrou o momento em que o delegado Moysés Santana foi xingado.
Os policiais que estavam em uma viatura descaracterizada disseram ter sido atacados com pedras por um grupo que estava na residência do rapper.
Um amigo de Oruam, suspeito de participar da agressão, foi preso em flagrante na casa do artista.
Durante a confusão, o menor fugiu do local. Oruam também deixou a própria residência. No entanto, o adolescente se entregou à polícia, assim como Oruam, na noite passada.
Oruam preso
A Justiça decretou a prisão preventiva (sem prazo) de Oruam pelos crimes de resistência qualificada, dano ao patrimônio público, desacato e lesão corporal contra agente público.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, o rapper também foi indiciado por associação ao tráfico e tráfico de drogas.
Antes de se apresentar na delegacia, o cantor postou uma sequência de vídeos nas redes sociais. Em uma das publicações, ele desafiou a polícia a pegá-lo no Complexo da Penha.
Porém, mais tarde, ele fez outra postagem e pediu desculpas aos fãs. Oruam disse “não ser bandido” e confirmou que se entregaria à polícia.
No início da noite de terça, o cantor chegou à Cidade da Polícia acompanhado de advogados e da namorada.