Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (23) revelam que, em 2022, cerca de 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), representando 1,2% da população do país na época.
O levantamento aponta ainda que a prevalência do diagnóstico é maior entre homens, com 1,4 milhão de casos, enquanto 1 milhão de mulheres receberam a mesma condição. Entre as faixas etárias, o grupo de 5 a 9 anos apresenta a maior incidência.
Ainda sobre os grupos etários, ao considerarmos os recortes por sexo e idade, o grupo de meninos de 5 a 9 anos apresentou o maior percentual de diagnóstico: 3,8% da população masculina nessa faixa etária, o equivalente a 264,6 mil indivíduos.
Entre as meninas da mesma faixa, o percentual foi de 1,3%, totalizando 86,3 mil pessoas. Situação semelhante foi observada no grupo de 0 a 4 anos, com prevalência de 2,9% entre os meninos e 1,2% entre as meninas.
A prevalência de TEA foi maior entre os homens em todos os grupos etários até 44 anos. Já entre as faixas de 45 a 49, 55 a 59 e 70 anos ou mais, os percentuais foram equivalentes entre os sexos de nascimento.
Nos grupos de 50 a 54 e 60 a 69 anos, as mulheres apresentaram prevalências ligeiramente superiores às dos homens, com diferença de 0,1 ponto percentual.
Regiões
De acordo com Raphael Alves, membro da equipe técnica temática de pessoas com deficiência e pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista do Censo Demográfico, não há diferença significativa no número de diagnósticos entre as regiões.
“O Centro-Oeste tem uma proporção um pouco menor, com 1,1%, enquanto as demais registram 1,2% da população com diagnóstico de TEA”, afirmou.
Em números absolutos, assim como para o total da população, o Sudeste concentra a maioria dos casos, com pouco mais de um milhão de pessoas diagnosticadas com autismo, seguido pelo Nordeste, com 633 mil; Sul, com 348,4 mil; Norte, com 202 mil; e Centro-Oeste, com 180 mil.