Acauã, uma cidade no interior do Piauí com cerca de 6.500 habitantes, atraiu atenção mundial devido à alta incidência de ataxia de Friedreich. Esta doença genética rara afeta o sistema nervoso e compromete a mobilidade dos pacientes. Dos 850 brasileiros diagnosticados, 38 estão em Acauã.
Os moradores começaram a apresentar sintomas como dificuldade para falar e andar, o que levou a investigações médicas. Descobriu-se que muitos compartilham laços familiares próximos, um fator que contribui para a disseminação da doença na região.
Povoada na década de 1930, Acauã tem suas raízes na expansão ferroviária entre Petrolina (PE) e Teresina (PI), com uma economia baseada na agricultura e pecuária. Os problemas genéticos atuais podem ter origem na colonização portuguesa.
O tratamento, que pode retardar a progressão dos sintomas, custa até R$240 mil e não está disponível no SUS por falta de avaliação da Conitec. Enquanto aguardam assistência médica, a comunidade enfrenta desafios diários, mas mantém a esperança de soluções futuras.