FMS confirma que pediatra Laysa Lira morreu em decorrência da dengue em Teresina

O filho da médica, Rafael Lira, faleceu vítima da mesma doença 13 dias antes

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) confirmou, na manhã desta quarta-feira (22), que a pediatra Laysa Geovanna Soares Vilarinho Lira, de 47 anos, morreu em decorrência da dengue. Ela havia sido internada em hospital particular no sábado (18) com sintomas suspeitos da doença, sofreu uma parada cardíaca no domingo (19), foi reanimada, mas faleceu nas primeiras horas da manhã de segunda (20). Ela é mãe do pequeno Rafael Lira, de 5 anos, que faleceu vítima de dengue hemorrágica no dia 7 de maio deste ano. 

Segundo a FMS, o diagnóstico foi realizado por vínculo epidemiológico e teste positivo via LACEN-PI. Este é o segundo óbito confirmado de dengue em Teresina apenas em 2024. Diante do aumento dos casos e da baixa procura pela vacinação - que está disponível para crianças entre 10 a 14 anos - a diretoria de Vigilância em Saúde reforça os cuidados com a prevenção.

  

Laysa e o filho morreram vítimas de dengue em Teresina
Reprodução

   

Na terça-feira (21), o segundo filho da pediatra Laysa Lira, o adolescente Gabriel Lira, de 13 anos, foi transferido para São Paulo. Ele apresentou sintomas suspeitos de dengue, chegou a ser internado em hospital particular de Teresina, mas recebeu alta. O A10+ apurou que o jovem foi para o estado paulista como uma forma de precaução para tratamento da doença. 

Segundo o painel da FMS, até o momento, Teresina registrou 3.488 notificações da doença, sendo 2.420 casos confirmados. Destes, 14 são considerados graves. 

O esquema da imunização contra a dengue é de duas doses, com intervalo de três meses. "Se a pessoa teve dengue recentemente, é recomendado que ela aguarde um intervalo de seis meses para iniciar o esquema vacinal", esclarece Emanuelle Dias. No momento da vacinação, é necessário apresentar CPF ou cartão do SUS, documento de identificação, caderneta de vacina e um comprovante de endereço de Teresina.

A vacina, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, só está disponível para crianças entre 10 a 14 anos.