O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) divulgou nesta terça-feira (18), um relatório sobre a situação estrutural da Ponte Metálica João Luís Ferreira, que liga Teresina e Timon. O estudo, realizado nos últimos 45 dias, apontou a necessidade de manutenção e reforço estrutural urgente na ponte.
Em entrevista à TV Antena 10, o engenheiro Hércules Medeiros, presidente do Crea-PI, explicou que além da manutenção e reforço, é necessário ainda a instalação de um sistema de monitoramento no local. O estudo constatou ferrugem e corrosão elevada em alguns pontos. A Ponte Metálica tem 85 anos, uma das mais antigas do país.
“O estudo se concentrou principalmente nesse elemento de apoio que nós temos aqui, que apresenta uma corrosão elevada. Situação de ferrugem, corrosão muito elevada e analisamos também o pilar P4, que é o segundo que tem submerso na direção de Teresina/Timon. O estudo aponta uma necessidade de manutenção e principalmente reforço estrutural urgente. No relatório nós colocamos como principais recomendações além desse reforço estrutural, a instalação de um sistema de monitoramento mais breve possível, pois só com esse sistema nós vamos poder saber se esses parâmetros estão atendendo e se ocorre algum risco de colapso, se vai ser necessário a intervenção ou interdição para se transitar sobre ela”, disse o engenheiro.
Questionado sobre o risco de colapso, o Crea-PI afirma que aparentemente não, mas a cheia do rio Parnaíba em decorrências das chuvas acende a necessidade de alerta e do sistema de monitoramento. Hércules Medeiros destaca que a concessionária responsável pela ponte também participou dos levantamentos e emitiu um relatório corroborando com o Conselho Regional de Engenharia.
“No momento nós vemos que aparentemente não, mas como tem a situação das chuvas e aumenta o nível de água no rio Parnaíba, a areia e principalmente o material que vai cercando e dando estabilidade para essas estacas, então esse risco pode aumentar com o passar dos dias. Por isso é importante esse sistema de monitoramento e principalmente acompanhar esses parâmetros: se vão estar ainda apontados para essa estabilidade ou não. É importante ressaltar que a empresa concessionária participou também, recebeu todas as informações do Crea, se manifestou, apresentou todos os documentos que apresentamos e emitiu um relatório que corrobora e confirma o que o Crea apontou”, destaca o engenheiro.
O relatório será encaminhado aos órgãos competentes e quaisquer intervenções são de responsabilidade da empresa.
“A empresa apresentou um plano de manutenção para o Crea, mas nós reforçamos: é um trabalho sendo feito que será encaminhado para o Ministério Público Federal, para o Ministério Público Estadual e para o Iphan, que também é responsável por esse patrimônio histórico. Nós destacamos que aponta para necessidade de manutenção com reforço estrutural e a instalação de um sistema de monitoramento”, finaliza.