O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esclareceu o duplo homicídio de Francisco Eduardo Guimarães Santos e Ana Heloise Guimarães, de 4 anos, na última semana no Parque Vitória, zona Sul de Teresina. O delegado Danúbio Dias afirmou que o crime foi cometido por seis pessoas. Algumas delas foram presas no último sábado (13). Ele relatou que Francisco Eduardo, que seria integrante do Bonde dos 40, já havia sido alertado sobre possível ataque de rivais do PCC.
“O quinto elemento já está identificado e há inclusive um mandado de prisão preventiva. No total nós acreditamos que pelo menos seis indivíduos participaram da execução do crime podendo ser possível a inclusão de mais um. Segundo as testemunhas poderia ser uma mulher, mas ainda vamos averiguar essa informação. De concreto temos pelo menos a participação de seis indivíduos”, declarou o delegado em entrevista ao A10+ nesta segunda-feira (15).
Com o avançar das investigações, a polícia conseguiu delimitar também como teria ocorrido o crime. Os indivíduos chegaram na casa da vitima efetuando os disparos. Francisco teria revidado com uma arma de uso pessoal. A motivação do crime seria a disputa entre Bonde dos 40, da vítima, e PCC, dos executores.
“O crime foi motivado por disputas de facções criminosas na zona Sul. Facções entre o Parque Vitória, Conjunto João Paulo II e o Mário Covas. A vítima já tinha sido alertada de que deveria sair dali porque o Parque Vitória estava em risco e a testemunha afirmou pra vítima que seria iminente a invasão pela facção rival. A testemunha ocular relatou que a vítima, naquela ocasião, portava um revólver calibre 38 e a vítima revidou atirando contra os autores do crime. Na cena do crime inclusive encontramos disparos de arma de fogo que foram efetuados de dentro para fora do imóvel. Esse revólver da vítima era pessoal dela e foi subtraído. Há a possibilidade de que uma das armas que foram apreendidas seja da vítima”, explica o delegado.
Segundo a polícia, três presos pelo crime foram responsáveis por executar as vítimas e um deles por esconder a arma usada no crime. Um dos envolvidos teria relatado não ter culpa pela morte da criança.
“Na noite do crime um adolescente pediu para esconder a arma chegando a dizer que ele não teve culpa da arma da criança. Que na troca de tiros a criança acabou falecendo. O que há confirmado é que na porta da casa tinha disparos na transversal. Esses disparos, a direção deles, eram exatamente no quarto onde a criança estava dormindo. Então há a possibilidade que os disparos tenham sido efetuados de fora, na transversal e acabaram atingindo a criança”, encerrou o delegado.