O Departamento de Polícia Científica do Piauí, por meio do Instituto de Medicina Legal (IML) e com apoio do Núcleo Regional de Polícia Científica de Floriano, exumou nesta quinta-feira (10) o corpo de Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, no município de Itaueira, interior do Piauí. A adolescente, que estava grávida de seis meses, foi assassinada com golpes de faca em março deste ano.
O crime foi considerado feminicídio e teve grande repercussão nacional pela brutalidade. A investigação descartou que o ex-namorado da adolescente, identificado apenas como Kauê, tenha sido o executor do crime. Segundo o delegado responsável pelo caso, Kauê permaneceu em casa durante todo o período em que o crime aconteceu.
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O Departamento de Polícia Científica afirmou que a exumação do corpo tem como objetivo apurar com mais precisão a causa da morte, dentro de um processo judicial, por meio de estudos periciais complementares. A Polícia Civil segue com as investigações e não descarta novas diligências para elucidar completamente o crime e identificar os envolvidos.
O crime
Maria Vitória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, foi encontrada morta dentro de casa, em Itaueira, no Piauí, no dia 25 de março de 2025. Os detalhes encontrados na cena do crime indicam que o assassinato foi premeditado, uma vez que o espaço de tempo entre a saída e a chegada da mãe da vítima à casa foi muito curta. A polícia acredita que o assassino conhecia a rotina da família e esperou a saída da mãe da jovem. Por conta disso, os agentes iniciaram uma análise do círculo social e afetivo da adolescente.
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O ex-companheiro da vítima foi apontado como o principal suspeito, mas a Polícia Civil do Piauí descartou a participação dele na execução do crime. De acordo com o delegado, Kauê permaneceu em casa durante todo o período em que o crime aconteceu. “Fomos até a residência do Kauê, que fica na localidade Cajueiro, na zona rural aqui do município, que fica aproximadamente a 40 minutos da casa, de onde se deu fato. Espontaneamente ele veio até a delegacia, com a gente, deu livre acesso ao seu celular, e assim como as imagens da câmara de segurança da sua casa, inclusive com o acesso remoto do sistema de câmara de segurança. Constatamos que no horário em que se deu o homicídio, ele se encontrava o tempo todo na sua residência. Então dessa forma, a priori, podemos descartar a sua participação como executor desse crime”, disse o delegado.
Maria Vitória já não mantinha um relacionamento com Kauê e possuía outros vínculos afetivos. Ainda segundo o delegado, a participação dos outros ex-namorados também foi descartada. Pelos ferimentos encontrados na moça, o delegado considera que o assassino tenha uma espécie de obsessão por Maria.
A investigação continua, e as autoridades ainda não chegaram a uma conclusão sobre a autoria do feminicídio.