A Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) deu início às investigações do caso do cachorrinho atropelado por um caminhão de limpeza, que prestava serviço para a Prefeitura de Teresina.
De acordo com o delegado Willame Moraes, a própria unidade policial registrou Boletim de Ocorrência sobre o caso. O cãozinho, que era conhecido como "Titio", morava na rua e era cuidado pela vizinhança. Essas pessoas foram ouvidas pela equipe da DPMA.
"Foi solicitada Ordem de Missão para que os policiais fossem até o local e fizessem todas as coletas de prova que fossem necessárias para darmos um curso normal nessa investigação. Na verdade, o animalzinho que foi atropelado, ele era de rua, mas tinham as pessoas que cuidavam dele há mais de dez anos. Era um animal querido ", disse em entrevista à TV Antena 10.
Reprodução/Redes Sociais
Francisco Araújo, um dos cuidadores de Titio, afirmou que os moradores estão tristes com a situação e pedem Justiça. "Nós todos éramos cuidadosos e carinhosos com ele. Era idoso, muito tranquilo, não era agressivo. Estamos muito chocados com essa situação. Esperamos por Justiça porque isso não pode ficar impune", desabafou.
Thracy Oliveira / TV Antena 10
As próximas diligências serão ouvir os envolvidos. São eles: o motorista, os três catadores e o representante da empresa. Nas imagens de uma câmera de segurança, é possível ver um dos trabalhadores pegando o bichinho, que estava ferido e se debatendo no chão, e jogando na caçamba.
"O carro de lixo está de um lado e ele vai para o outro, onde estava o animal. Se viram o animal, o atropelamento foi proposital. A imagem é clara, nós vamos analisar agora os elementos subjetivos. O animal ainda estava vivo e se debatendo, ele o pega e coloca na caçamba. Vamos investigar se os três concordaram com isso e fazer um apurado de tudo para imputarmos a cada um as suas responsabilidades", destacou.
Thracy Oliveira / TV Antena 10
O delegado afirmou ainda que parte do processo sofreu prejuízos porque não foi possível recolher o corpo do animal. A equipe policial, ao chegar no aterro sanitário, foi informada da impossibilidade de encontra-lo diante das toneladas de lixo que são arremessadas no local.
"Foi expedida a ordem de missão para exatamente resgatar o corpo desse animal. Mas os policiais, ao vistoriarem o aterro sanitário, foram informados pelo próprio responsável, que era impossível localizar pela quantidade de lixo que é depositado, diariamente, no local. A perícia fica prejudicada, embora solicitada, não tem o que fazer. Vamos dar continuidade ao inquérito policial relatando que o animal não pode ser mais encontrado", concluiu.