(Atualizada às 19h)
O ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, acusado de matar o radiologista Rudson Vieira Batista foi preso na tarde desta terça-feira (18) em um supermercado na zona Sul da Capital. A informação foi confirmada ao A10+ pelo delegado Eduardo Aquino da Delegacia Estadual de Captura (Decap).
De acordo com o delegado, foi expedido um novo mandado de prisão preventiva em desfavor do ex-PM, desta vez por agredir fisicamente uma mulher dentro de um condomínio na zona Leste da capital.
Recentemente, o Tribunal de Justiça do Piauí suspendeu a decisão que determinava a prisão de Max Kellysson no âmbito do processo do homicídio contra o radiologista. O delegado esclareceu que Max teria agredido uma senhora em um condomínio da capital. A polícia já tem imagens de como o apartamento da vítima ficou após ser invadido pelo acusado.
"Ele foi preso porque teria agredido uma senhora em um condomínio. Ela alegou que tentou salvar uma namorada dele que também estaria sendo agredida pelo ex-PM. Tomamos conhecimento que saiu um novo mandado de prisão preventiva e ele já estava mais tranquilo, rodava pela cidade, só que a gente já estava no encalço dele. Quando foi hoje conseguimos prendê-lo em um supermercado na zona Sul", explicou Aquino ao A10+.
O delegado ressaltou ainda que Max Kellysson é um homem muito perigoso e violento. Por conta disso, no momento de sua prisão no supermercado, os policiais, que estavam à paisana, precisaram ser bastante incisivos.
Aquino citou ainda que o inquérito sobre esse caso da agressão contra uma mulher está sendo presidido pelo delegado Paulo Gregório, que foi quem representou pela prisão do ex-PM.
“É bom destacar que ele [Max] já responde por outros procedimentos. A morte do radiologista, um flagrante também em Timon por desacato a policiais e outras ocorrências que foram identificadas e ainda estão em fase de investigação”, explanou.
Após o cumprimento deste novo mandado, Max Kellysson foi encaminhado para delegacia e ficará à disposição da justiça.
Justiça suspende prisão de ex-PM
No último dia 10 de outubro, o desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), suspendeu a decisão que havia decretado a prisão preventiva do ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, acusado de matar o técnico em radiologia Rudson Vieira Batista da Silva. O crime ocorreu durante uma briga em um bar em dezembro de 2019.
A suspensão do desembargador ocorreu antes mesmo do ex-policial ter sido preso. O Ministério Público havia solicitado a prisão com fundamento na garantia da ordem pública e por conta de descumprimento de medida cautelar, que havia sido, inclusive, acatada pelo próprio desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, no último dia 15 de setembro.
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Na decisão, obtida pelo A10+, o desembargador reconheceu a alegação da defesa do ex-policial, que afirmou não ter sido intimada para a sessão de julgamento em que a prisão foi decretada.
Relembre o caso
Rudson Vieira Batista da Silva morreu em um hospital particular de Teresina após sofrer consecutivas paradas cardíacas. O técnico em radiologia foi atingido por um tiro dentro de uma casa de shows durante uma briga com o ex-PM no dia 1º de dezembro de 2019.
Max Kellysson foi preso em flagrante e teve a arma de fogo apreendida. No dia seguinte, ele recebeu liberdade provisória durante a audiência de custódia.