A Delegacia de Polícia Interestadual do Piauí (Polinter) interditou na manhã desta sexta-feira (02), após decisão da justiça, as lojas Adolfo Autopeças, localizadas na Avenida Maranhão e no bairro Vermelha, ambas na zona Sul da capital. A interdição ocorreu após a prisão do proprietário, o empresário Adolfo Pablo Menescal Mourão, da ex-companheira dele e do pai. As duas foram fechadas por tempo indeterminado.
A irmã do empresário, Danielly Laiara Menescal Mourão, também teve um mandado de prisão expedido contra ela, mas ainda não foi localizada. Adolfo Mourão foi preso pela 3ª vez por receptação qualificada, adulteração de veículos roubados e associação criminosa, nesta quinta-feira (01) em Teresina.
Thracy Oliveira / TV Antena 10
O delegado Marcelo Dias relatou ao A10+ que no mandado expedido pela Justiça do Piauí também foi solicitado a interdição das duas lojas do empresário, bloqueio de bens e contas bancárias, além da apreensão de carros dos presos, e o sequestro de um sitio investigado.
Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão nas lojas do empresário, uma no bairro Vermelha e outra na Avenida Maranhão. Nos locais, os agentes encontraram motores de carros e carcaças de veículos desmanchados. Ainda segundo a polícia, uma das empresas de Adolfo Mourão está no nome da ex-companheira. Eles se separaram neste ano. O A10+ tentou, mas a polícia não revelou o nome da mulher.
Thracy Oliveira / TV Antena 10
As investigações apontaram que o empresário e os demais membros da família receptavam veículos roubados, realizavam o desmanche e vendiam as peças nas lojas. O delegado Marcelo Dias relatou ao A10+ que ainda não é possível dizer o valor que eles compravam um carro e o preço que vendiam as peças transformadas em produto ilícito.
Empresário já foi preso outras vezes
O empresário Adolfo Mourão foi preso pela primeira vez no âmbito da Operação Mormaço, deflagrada em junho de 2021. Ele ficou preso por 30 dias e depois foi solto, cumprindo medidas cautelares, no entanto, de acordo com a Polícia Civil, houve descumprimento das medidas e por isso ele foi preso novamente no dia 28 de abril deste ano.
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No dia 29 de abril, o empresário foi solto após decisão do desembargador José de Ribamar Froz Sobrinho, do Tribunal de Justiça do Maranhão. Na época o pedido de habeas corpus foi impetrado pela defesa do empresário, antes mesmo dele ser preso, sob alegação de que ele estaria sofrendo constrangimento ilegal por parte dos juízes da Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados. Adolfo saiu da prisão, mas usava tornozeleira eletrônica.