Um ônibus foi incendiado por homens armados na avenida Freitas Neto, no conjunto Mocambinho, na zona Norte de Teresina, na noite desta segunda-feira (17). O A10+ apurou que o ato ocorreu como forma de protesto contra as mortes de José Nilton de Sousa e Samuel Magno. Segundo a polícia, a dupla teria reagido e efetuado disparos contra a guarnição, que revidou.
Os homens foram mortos durante confronto com os policiais do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI). Revoltados com o caso, supostos membros de facção criminosa retiraram os passageiros de um ônibus e atearam fogo no veículo. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o transporte coletivo em chamas.
A PM-PI ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Mais cedo, em entrevista à TV Antena 10, a mãe de José Nilton afirmou que o filho não tinha envolvimento com crimes. Revoltados com o caso, familiares pedem justiça. Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML) e depois serão liberados.
Após a ocorrência, equipes da PM foram acionadas e realizaram diligências na região. Populares também sustentam que as vítimas não tinham envolvimentos. O caso está sendo apurado.
A princípio, a dupla, conforme a polícia, estaria envolvida na tentativa de assassinato do coronel da PM, RR Lacerda. O militar foi baleado na madrugada desta segunda-feira (17) na zona Norte da capital. Os bandidos não levaram nada da vítima.
Linhas são canceladas na região após ocorrência
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que, por motivo de segurança, por conta dos ataques ocorridos, nesta noite de segunda-feira (17), na região do bairro Mocambinho, todos os ônibus da frota das linhas da região da zona Norte de Teresina, das empresas do consórcio Poty, foram retirados de circulação. A previsão de retorno é na manhã desta terça-feira (18).
A Strans informou que vai solicitar uma reunião emergencial com os órgãos estaduais de segurança para tratar do assunto, no sentido de se apurar os responsáveis e encontrar alternativas para reforçar a segurança ao transporte coletivo da capital.
A Strans reiterou que repudia ações de violência, que ameaçam a integridade e a vida das pessoas, agridem ao patrimônio público e privado e prejudicam a população teresinense, em especial, a parcela que tem no transporte coletivo o seu principal ou único meio de deslocamento.