(Atualizada às 15h27)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma homenagem ao Piauí durante posse realizada na tarde deste domingo (01) em Brasília. De volta ao poder após 12 anos, o petista citou uma lembrança de 1989 quando ganhou uma caneta de um apoiador no estado. Em 2003 e 2007 ele acabou não achando a caneta, e agora finalmente encontrou ela.
Nas eleições de 2022, o Piauí foi o estado que deu o maior percentual de votos para o petista. Foram mais de 76% no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL), que disputava a reeleição e perdeu. Diante disso, o Piauí passou ser chamado de o “Estado mais lulista” do Brasil. O município de Guaribas, no interior do Piauí, deu a Lula a maior votação percentual do país: 93%. O município foi símbolo do Fome Zero, um dos principais programas da gestão petista, em 2003.
"Foi um grande comício. Depois nós fomos caminhando até a igreja São Benedito [em Teresina] e ao terminar o comício um cidadão me deu essa caneta e disse que essa caneta era para eu assinar a posse se ganhasse as eleições de 89. Eu não ganhei a de 89, eu não ganhei em 94, eu não ganhei em 98. Em 2002 eu ganhei as eleições e cheguei aqui eu tinha esquecido minha caneta e assinei com a caneta do senador Rames Tebet. Em 2006 eu assinei com a caneta aqui do Senado. Agora eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington, é uma homenagem ao povo do estado do Piauí”, declarou o presidente ao assinar termo de posse.
Assista ao vídeo abaixo:
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, inicia neste domingo (1º) o terceiro mandato como presidente da República. Consagrado novamente nas urnas, com mais de 60 milhões de votos recebidos no dia 30 de outubro, ele amplia seu protagonismo histórico ao longo das últimas três décadas, que marcaram a redemocratização do país após 21 anos de ditadura (1964-1985).
Lula dedicou os últimos dois meses à montagem de um governo de ampla coalizão, mais abrangente do que em seus mandatos anteriores. A maior expressão disso é a parceria com Geraldo Alckmin (PSB), que foi seu adversário político nas eleições de 2006, ainda filiado ao PSDB, rival histórico do PT, mas que se juntou a Lula para compor uma chapa de frente ampla de centro-esquerda, da qual fizeram parte agremiações políticas de centro-direita no segundo turno.