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POLÍCIA

Pai de investigado em operação “Need for Speed” guardava 18 armas, 2700 munições e permitia que filho participasse de rachas em Teresina

Veículos apreendidos durante operação somam cerca de R$ 4 milhões; investigados devem responder por diversos crimes


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Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (27), a Polícia Civil e a Polícia Militar detalharam os resultados da Operação “Need for Speed”, desencadeada em Teresina. A ação tem como foco coibir disputas ilegais de velocidade (rachas), direção perigosa e outras práticas criminosas nas vias públicas da capital e da região metropolitana.


As equipes de segurança destacaram a apreensão de um grande arsenal encontrado em uma única residência. No local, foram recolhidas 18 armas de fogo e mais de 2.700 munições. A polícia informou ainda que o próprio pai de um dos investigados, que é adolescente, permitia e sabia que o filho fazia a prática do racha. 

  

Pai de investigado em operação “Need for Speed” guardava 18 armas, 2700 munições e permitia que filho participasse de rachas em Teresina Reprodução

   

"Na casa de um dos investigados encontramos com o pai dele 18 armas de fogo. Uma delas é ilegal, não tinha registro. As outras 17 armas estão registradas como CAC. Ele era nível 3 e poderia ter essas armas, mas hoje em dia ele é nível 1, então não pode ter essa quantidade de armas. Agora, como ele vai responder por posse irregular de arma de fogo, ele perdeu a idoneidade de ter qualquer tipo de arma. Nessa residência encontramos 2700 munições. Esse cara é o pai de um menino de 16 anos que entregava o carro para ele ficar tirando racha", disse o superintendente de Operações Integradas da SSP-PI, delegado Matheus Zanatta em coletiva. 

A investigação também revelou que alguns participantes dos rachas levavam adolescentes nos veículos, o que amplia a gravidade das acusações. Além disso, os encontros eram previamente combinados em grupos e redes sociais, caracterizando organização criminosa.


"Os investigados que levaram menores de idade dentro dos veículos para tirar racha vão responder por corrupção de menores. Temos também o crime de associação criminosa porque eles ficavam combinando em grupos e redes sociais para em determinados dias irem no posto da Raul Lopes, nas quartas-feiras, para fazerem essas manobras perigosas e os rachas", falou o delegado Matheus Zanatta.

Durante o trabalho investigativo, os policiais perceberam que diversos condutores colocavam em prática estratégias para evitar serem identificados, como a retirada proposital das placas dos veículos.

"Começamos a identificar eles; muitos deles, de maneira dolosa, tiravam as placas dos veículos justamente para dificultar a identificação deles e uma eventual multa. A gente percebe toda essa artimanha, articulação deles, e nossa investigação se desenvolveu nesse sentido. Foram 28 mandados, 26 alvos investigados, diversos veículos apreendidos", relatou o delegado Roni Silveira.

  

Veículos apreendidos durante operação somam cerca de R$ 4 milhões; investigados devem responder por diversos crimes Reprodução

   

As investigações, iniciadas no final de abril, apontaram que um dos envolvidos atuava como fomentador dos eventos, usando redes sociais para divulgar e convocar os participantes. Havia, inclusive, pessoas que se dedicavam exclusivamente a praticar rachas para ganhar visibilidade.

"Tinha um indivíduo que era o fomentador dos eventos. Ele usava rede social para divulgar e promover, falar que ia ter reunião. Tinha alguns personagens que se dedicavam exclusivamente a praticar o racha, pra chamar atenção", explicou o delegado Roni Silveira.

  

Investigados devem responder por diversos crimes Reprodução

   

Segundo a investigação, os veículos apreendidos somam aproximadamente R$ 4 milhões; diversas autuações e ações penais que deverão ser instauradas contra os investigados. 

"Os fatos típicos atribuídos a eles têm a questão dos crimes de trânsito; alguns deles, por suprimirem a placa, vão responder por adulteração de sinal característico, pela disputa irregular, de exibição, pela perturbação, por associação criminosa, corrupção de menores", finalizou o delegado Roni Silveira.

Fonte: Portal A10+


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