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Um caso que ganhou grande repercussão e gerou revolta nas redes sociais envolve a denúncia de um casal contra o Hospital Alarico Pacheco, em Timon, no Maranhão. Késia Sara e Eduardo Ivo denunciam que perderam o filho recém-nascido após uma série de negligências que, segundo o casal, teriam sido praticadas por funcionários do hospital. O bebê foi sepultado na manhã desta terça-feira (21).
À TV Antena 10, o pai do bebê, Eduardo Ivo, relatou que sua esposa, Késia, estava com 40 semanas de gestação e procurava o hospital desde o início de outubro, já sentindo fortes dores e sinais de trabalho de parto. Mesmo com as idas constantes à unidade de saúde, os pais afirmam que os médicos se recusaram a realizar a cesariana solicitada.
“Desde o dia 4, minha esposa vinha sentindo dores e viemos várias vezes ao hospital. Falamos com vários médicos, mas ninguém fazia nada para resolver o problema”, contou o pai.
Segundo ele, o casal desejava que o parto fosse cesariano, justamente por conta da experiência que tiveram no parto do primeiro filho deles: “Seria nosso segundo filho. O primeiro, o Levi, nasceu de cesárea. A Késia sofreu muito na primeira gestação e, desta vez, queria evitar passar por tudo de novo”, lamentou.
Eduardo relatou que, mesmo com sangramento e dores, a equipe médica manteve a mãe em observação, sem avanço no procedimento. O procedimento só foi realizado após a equipe médica não identificar batimentos do bebê.
“Na última semana, minha esposa veio com dor, sangrando, passamos por vários médicos, ela estava com 1cm. Há uma semana com 1cm, não teve evolução e ninguém fez nada pelo meu bebê. Eles esperaram o coração dele parar de bater para poder fazer uma cesária, que era a coisa que a gente tanto pedia. Isso é desumano. O que acontece hoje aqui nesse hospital é desumano. Não desejo isso para nenhum pai, nenhuma mãe e é por isso que a gente procurou os melhores meio para que as pessoas saibam, para que não passem pela mesma situação que a gente está passando”, afirmou, emocionado.
Revoltado, ele também contou que a esposa teve uma hemorragia grave e quase perdeu a vida no procedimento. “Eles quase tiraram a vida da minha esposa junto. Quando finalmente decidiram agir, ela já estava perdendo muito sangue. A médica chegou a dizer que talvez fosse necessário retirar o útero. Tudo por negligência, por falta de amor ao próximo”, desabafou Eduardo.
O pai também revelou que, após a divulgação do caso, recebeu inúmeras mensagens de outras famílias que alegam ter vivido situações semelhantes no mesmo hospital. “Queremos justiça pelo nosso filho, para que isso não aconteça com mais ninguém. Viemos aqui para levar nosso bebê para casa, para apresentar ao nosso filho mais velho, o Levi. Mas, infelizmente, o levamos para o cemitério”, contou.
Eduardo ainda falou sobre a forma que eles têm sido tratados, mesmo após a perda do filho recém-nascido, Késia, e em meio ao luto da perda do filho, ainda ficou próxima a outros bebês: “Minha esposa tem chorado muito. Ouvimos o choro de outros bebês no hospital e isso parte o coração. Estamos tentando ser fortes, mas o sentimento é de injustiça, de impotência. Só queremos justiça pelo nosso filho”, disse.
A família registrou denúncia no Ministério Público do Maranhão e aguarda providências das autoridades. Ele detalhou ainda que o hospital não procurou a família.
“Até agora, ninguém da diretoria do hospital nos procurou. Nenhum pedido de desculpas, nenhuma explicação. Apenas disseram que foi algo normal, que a morte do meu filho foi algo natural. Disseram que foi um descolamento prematuro de placenta. Mas como chamar de prematuro um bebê com 40 semanas?”, questionou o pai.
Fonte: Portal A10+