Polícia acredita que casal preso em Teresina fazia parte de esquema chefiado por criminosos na Colômbia - Balanço Geral Piauí
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Polícia acredita que casal preso em Teresina fazia parte de esquema chefiado por criminosos na Colômbia

Justiça bloqueou R$ 5 milhões das contas dos alvos; casal era líder de organização criminosa no Piauí


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A Polícia Civil do Piauí (PCPI) acredita que Daniela Fernanda Pinchão Ceron e Oscar Medina, casal preso nesta quinta-feira (11) durante a segunda fase da Operação Macondo, não ocupava o topo geral da organização criminosa investigada por agiotagem e lavagem de dinheiro. Segundo o delegado Roni Silveira, está sendo investigado se existem pessoas na Colômbia que comandam o esquema e se beneficiam diretamente das atividades realizadas no Piauí.

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) deflagrou a nova fase da operação em Teresina, cumprindo dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão, além de bloquear R$ 5 milhões das contas dos investigados.


“O que a gente acredita é que haja indivíduos na Colômbia que estejam se beneficiando desse trabalho de agiotagem aqui. A gente acredita que existem os chefes aqui e que existem pessoas em um patamar hierárquico ainda maior que eles, porém fora do Brasil. Estamos trabalhando nesse sentido”, disse o delegado Roni Silveira à TV Antena 10.

De acordo com as investigações, o grupo mantinha uma rede estruturada de cobrança. O casal, agora preso, teria contratado pessoas para realizar as cobranças e chegava a ceder casas e veículos para esses “funcionários”. Indivíduos presos na primeira etapa da operação repassavam dinheiro diretamente para o casal, que seria o destino final da movimentação financeira.

  

Casal de colombianos gerenciava esquema de agiotagem e tinha "funcionários" para cobranças em Teresina; veja atuação
Divulgação

   

Há aproximadamente um mês a gente deflagrou uma operação que teve 19 alvos, 13 mandados de prisão cumpridos. Como fruto dessa operação, nós chegamos a esse casal. Eles eram beneficiários diretos de uma rede de cobrança; o destino final do dinheiro era deles”, explicou o delegado.

O delegado afirma ainda que parte dos investigados trabalhava diretamente para o casal, atuando no controle das vítimas que pegavam empréstimos e na cobrança dos valores devidos.

“Alguns daqueles investigados trabalhavam diretamente para o casal. Eram responsáveis pelo controle das vítimas que pegavam os empréstimos e uma outra parte era responsável pelas cobranças. O dinheiro era repassado depois para o casal”, afirmou.

Um dos indícios que reforçam a ligação do casal com a estrutura criminosa é a apreensão de veículos em nome de Oscar, que estavam sendo utilizados pelos funcionários do grupo.

  

Pessoas presas na primeira fase da Operação Macomo
Divulgação

   

“Com um dos alvos da primeira operação foi apreendido um veículo no nome do Oscar, que foi preso hoje. Esse mesmo indivíduo teve uma moto furtada e havia feito um boletim de ocorrência sobre isso, e a moto furtada também estava no nome do Oscar. Havia um fluxo de veículos que eram cedidos para desempenhar esse trabalho. Havia essa rotatividade tanto de fluxo quanto de imóveis de aluguel para a moradia deles”, explicou o delegado.

O superintendente de Operações Integradas, Matheus Zanatta, explicou que o grupo atuava de forma organizada, oferecendo empréstimos ilegais com juros abusivos que ultrapassavam 30% ao mês. As vítimas eram, principalmente, pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, como trabalhadores autônomos e pequenos comerciantes.

A Polícia segue investigando para identificar os possíveis chefes internacionais do esquema.


Fonte: Portal A10+


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