Suspeita de matar o próprio irmão em Teresina se apresenta à polícia, mas não fica presa; entenda - Balanço Geral Piauí
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AÇÃO POLICIAL

Suspeita de matar o próprio irmão em Teresina se apresenta à polícia, mas não fica presa; entenda

Delegado explicou que o inquérito foi concluído e a suspeita indiciada, mas Justiça entendeu pela concessão de liberdade


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Atualizada às 13h08

A mulher suspeita de matar o próprio irmão, no bairro Jacinta Andrade, na zona Norte de Teresina, se apresentou à polícia acompanhada de um advogado. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou a prisão preventiva dela, no entanto, a Justiça concedeu liberdade com a imposição de medidas cautelares.

  

Câmera registra momento em que mulher mata irmão a facadas na zona Norte de Teresina
Reprodução

   

O delegado Natan Cardoso explicou, em entrevista à TV Antena 10, como ocorreu a dinâmica do caso. O conflito se iniciou após a vítima pedir dinheiro à mãe. "Nesse momento ele [a vítima] xingou a mãe, proferiu injúrias e ofensas verbais. Destaque-se que não houve, segundo oitiva da própria mãe, agressões físicas em desfavor da mãe. Nesse contexto, o cunhado da vítima 'tomou as dores' da mãe e entraram em luta corporal, quando a vítima o agrediu com golpes contundentes. A irmã, a autora do crime, entrou nessa briga e também foi atingida com um soco. Ela se afastou do local em que havia aquela briga, o cunhado também foi afastado para a casa de um vizinho, quando a irmã  foi até a casa da família e pegou a faca", destacou. 


O ataque ocorreu logo após a mulher presenciar a mãe deitada ao chão segurando as pernas da vítima. Ela teria imaginado, segundo a polícia, que o indivíduo havia chutado a própria mãe. "Pelas imagens e pela própria oitiva da mãe, isso não restou configurado. Ela, a mãe, se agarrava à vítima naquele momento para que ele não voltasse a brigar com o cunhado. Ele consegue se desvencilhar da mãe, e pega uma pedra ao chão para não ser atingido pela faca da vítima. Quando a irmã se aproxima, ele joga a pedra ao chão, ou seja, ele não queria mais continuar aquela confusão, e não oferecia mais um risco atual e iminente. Em razão disso, não houve ali legítima defesa própria da autora e nem de terceiros, tendo em vista que ele não agrediu ninguém naquele momento e nem ameaçava agredir", afirmou.

Durante depoimento, a mulher apresentou abalo emocional e afirmou que não queria matar o próprio irmão.  "Ela estava extremamente abalada, a oitiva dela foi gravada, e a gente nota realmente que ela estava extremamente abalada com essa situação. Ela afirma que não queria matar a vítima, não imaginava que ela viria a óbito. No entanto, pelo número de facadas que foram desferidas, cerca de 12 facadas, a gente observa que havia sim o dolo de matar", destacou.

O delegado destacou que o crime aconteceu na presença de familiares e de forma bastante violenta, o que representa uma certa crueldade por parte da suspeita de autoria do crime. A mulher foi indiciada por homicídio privilegiado e qualificado.

"O homicídio privilegiado advém de ela ter agido logo após a injusta provocação da vítima, tendo em vista que ele agrediu o cunhado e a própria autora, com golpes. Além disso, visualizamos ali a qualificadora da crueldade, tendo em vista que no momento que a vítima cai ao chão, ela continua a desferir novos golpes de faca. E fala a seguinte frase: é bom, né? Então isso, no entendimento da autoridade policial, configura ali um grau de crueldade nessa situação. Além disso, visualizamos que é o homicídio praticado em favor de um parente, no caso, seu próprio irmão", afirmou.

Natan Cardoso detalhou sobre a decisão da Justiça e destacou que ela responderá à ação penal, apesar de não ter ficado detida no momento.  "É importante dizer que representamos pela prisão preventiva da autora. No entanto, o nobre juiz, magistrado da central de inquéritos, decidiu não decretar sua prisão tendo em vista que entendeu que ali não havia  os elementos pra decretação da prisão preventiva, como o risco à ordem pública, tendo em vista que ela era primária, não tinha nenhum antecedente, em razão também de como a situação ocorreu. E avaliando também que a própria vítima já era uma pessoa que causava diversos conflitos ali no contexto da família há algum tempo", acrescentou.

Dentre as medidas cautelares, a mulher deve usar tornozeleira eletrônica e realizar comparecimento mensal em juízo. "Pode ser que diante do tribunal do júri ela venha a ser absorvida, mas inquérito policial foi muito bem feito, está muito bem instruído, então ela vai responder a esse processo criminal, e ao final o tribunal do júri vai decidir se ela se ela realmente foi autora do crime", concluiu o delegado.

Fonte: Portal A10+


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