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A violência política tem se acentuado em todo o país, principalmente com a polarização das disputas nacionais a partir de 2018 e ganhou terreno nas eleições deste ano. Levantamento do Observatório da Violência Política e Eleitoral, da Unirio, mostra números alarmantes, onde o Piauí está no top 3 da lista de estados com mais ataques contra candidatos.
Os dados mostram que, de janeiro até agora, em todo o país foram 455 ocorrências de violência contra lideranças políticas, sendo 173 diretamente contra candidatos e 17 homicídios. O ranking é liderado por São Paulo com 29 casos, Rio de Janeiro vem logo atrás com 20 e no Piauí 14. No geral foram 94 agressões físicas, 49 psicológicas, 19 econômicas e 11 simbólicas.
No Piauí tivemos casos registrados como em Pimenteiras, onde uma candidata a vereadora ameaçou de morte e coagiu uma eleitora. Em Canto do Buriti houve registros de boletins de ocorrência por agressões e ameaças, além de promessas de tiroteios. Em Floriano um homem registrou Boletim de Ocorrência afirmando ter sido agredido por partidário ligado à situação. Em Barras, a pressão psicológica veio da Vice-Prefeita Cynara Lages (REP).
“Ele já está muito maior do que em relação ao mesmo período nas eleições nacionais e estaduais de 2022 e em comparação com as eleições nacionais de 2020. Então, infelizmente, a gente acaba esperando que esse ciclo municipal de 2024 seja muito mais violento do que os anos anteriores. Os candidatos costumam aparecer mais para fazer mais campanha nas ruas, participar de atos. Então, eles estão mais expostos fisicamente, eles também estão mais expostos virtualmente para as ameaças nas redes sociais”, afirmou Pedro Bahia, pesquisador do Observatório da Violência Política e Eleitoral à imprensa.
