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Neste pleito eleitoral, mais de 156 milhões de brasileiros estão aptos a votar e escolher quem será o próximo presidente da República. Contudo, esta quantidade de eleitores, obviamente, não está distribuída igualmente pelo país. A região Sudeste, por exemplo, concentra, sozinha, aproximadamente 67 milhões de eleitores, o que representa 42,64% do eleitorado. Por isso, é vista como uma das regiões mais estratégicas para os candidatos. Tanto que, no primeiro turno, os presidenciáveis voltaram suas campanhas massivamente para os estados desta região.
Dois estados, em especial, receberam ainda mais atenção. O primeiro foi São Paulo, com 34,6 milhões de eleitores, considerado o maior colégio eleitoral do Brasil (22,16%). O segundo foi Minas Gerais que tem, atualmente, 16.290.870 eleitores. Estes são, portanto, dois estados que possuem um peso significativo na corrida para a Presidência da República. Bolsonaro (PL) venceu em três dos quatro estados que compõem a região: São Paulo (47,71%), Rio de Janeiro (47%) e Espírito Santo (52,23%). Enquanto, Lula venceu em Minas, onde obteve 48,29% dos votos válidos.
O Nordeste foi outra região que ganhou bastante destaque na corrida presidencial, tendo em vista que concentra 42,4 milhões de eleitores, ou seja, 26,3% do eleitorado nacional. A Região se caracteriza, portanto, como o segundo maior reduto eleitoral do país e é onde está a maior vantagem do candidato do Partido dos Trabalhadores. Lula venceu em todos os nove estados nordestinos, alcançando ao todo 67% dos votos válidos, contra 26,8% de Jair Bolsonaro na região.
Depois do resultado do primeiro turno, as agendas de Bolsonaro (PL) e Lula (PT) se intensificaram ainda mais nestas duas regiões, dado o evidente poder de influência que ambas possuem sobre o rumo das eleições. De um lado, Bolsonaro tem o desafio de estagnar um possível crescimento de Lula no Nordeste e tentar ampliar o percentual de voto de um eleitorado com ampla identificação lulista, segundo as pesquisas. Dos estados nordestinos, foi no Piauí em que Lula obteve a maior quantidade de votos, foram 74,25% dos votos válidos contra 19,9% de Bolsonaro. Neste caso, os articuladores políticos do presidente Jair Bolsonaro têm o objetivo de ampliar a votação recebida em, no mínimo, 5%. Uma projeção considerada realista, dada a característica do eleitorado local. Considerada uma peça-chave na campanha, a primeira-dama percorre vários estados do Nordeste com a campanha “Mulheres com Bolsonaro”.
O objetivo consiste em dialogar com o eleitorado feminino, que tem mais resistência à reeleição do presidente. No Sudeste, Bolsonaro conta com apoio de lideranças locais importantes: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Carlos Manato (PL-ES), Zema (Novo-MG), Cláudio Castro (PL-RJ), dentre outros.
De outro lado, Lula trabalha para não perder votos em seus redutos eleitorais, tentando evitar um possível aumento na abstenção. Afinal, no segundo turno, a rejeição costuma ser maior. No Piauí, os líderes do PT estão intensificando caravanas pelo interior do estado, projetando um aumento da votação recebida pelo ex-presidente Lula para 80%. Considerando que já tem um eleitorado bastante sólido e fiel no Nordeste, Lula tem se voltado para a realização de encontros e caravanas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas. Os objetivos principais consistem em reduzir a sua rejeição nestes locais e atrair os eleitores que votam em Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno. Ambos os candidatos já declararam apoio ao petista, direta ou indiretamente.
Independente de para onde Bolsonaro e Lula mirem suas estratégias, um fator será determinante: quem fará a campanha mais eficiente para dialogar com os eleitores indecisos. Ou seja, eles têm o desafio de dialogar para além dos seus grupos de eleitores fiéis. Estes já se decidiram desde o primeiro turno.
Fonte: Conjuntura Política - A10+