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A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que cumpre agenda em Teresina nesta quinta-feira (12), destacou que para mudar a dinâmica crescente de violência contra as mulheres no pais é necessário mais que apenas politicas de repressão, é mudar com urgência a cultura dos brasileiros no que diz respeito à violência. Ela está no Piauí para o lançamento da Campanha Feminicídio Zero.
“Só o estado fazendo política pública, serviços de atendimento e repressão, nós não daremos conta. Nós precisamos da cultura da população brasileira frente a violência contra as mulheres”, disse.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram registrados aumento no número de feminicídio e também na violência sexual contra a criança de zero a nove anos. Para driblar o crescimento, o Ministério tem desenvolvido ações juntamente com o Ministério da Educação, conta Cida Gonçalves.
"A gente já lançou com o ministro Camilo um prêmio nacional de boas práticas para questão de debate da violência contra a mulher, para que de fato a sociedade, as crianças, os professores possam entrar. Temos ações na Cultura envolvendo os diversos artista, pontos de cultura no Ministério da Cultura e nós estamos com a questão da ação nos esportes. No Brasileirão nós estamos entrando em todos os estádios, porque nós entendemos que não é só falar com as mulheres. Nós precisamos que os homens estejam conosco para enfrentar a violência contra as mulheres”, afirma.
Além da campanha, serão realizados trabalhos de base para desconstruir a perspectiva masculina frente a violência feminina, através do investimento em tornozeleiras eletrônicas e serviços de segurança pública. Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou o aumento da pena para até 40 anos em casos de feminicídio, como mais uma tentativa de desencorajar eventuais práticas criminosas.
“Muito mais do que aumentar as penas e importante investimos na prevenção e na mudança de comportamento da sociedade brasileira. Não é possível que a gente não escute o choro de uma criança de 0 a 4 anos sendo estuprada na sua casa, não e possível que nenhum vizinho escute, então quem se omite também e responsável”, conclui.
Dados
No Brasil a cada 3 minutos uma mulher sofre violência doméstica e, a cada 6h, uma é morta apenas por ser mulher. A Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí, Zenaide Lustosa, explicou que a parceria do estado com o governo federal acontece através da autonomia economia com a manutenção de lavanderias comunitárias, em Parnaíba e Teresina, além de Casas da Mulher Brasileira.
“Temos mais dois centro de referência que serão entregues ainda esse ano em Picos e São Raimundo Nonato, então são várias ações com o Governo Federal e ações desenvolvidas no estado”, destaca.
Fonte: Portal A10+