Após fim da greve, Setut diz que tarifa técnica do transporte público em Teresina deveria ser superior a R$ 11 - Cidades
CRISE NO TRANSPORTE COLETIVO

Após fim da greve, Setut diz que tarifa técnica do transporte público em Teresina deveria ser superior a R$ 11

Segundo o SETUT, essa seria a tarifa técnica necessária para cobrir os custos do serviço na capital


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Mesmo após o fim da greve dos motoristas e cobradores de ônibus nesta quarta-feira (14), o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou, em nota oficial, que o sistema de transporte público da capital opera em situação crítica. Segundo a entidade, a tarifa técnica necessária hoje para cobrir os custos do serviço supera os R$ 11, quase três vezes o valor da tarifa pública atual, congelada em R$ 4 desde 2019.

A declaração veio após a mediação conduzida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que selou o acordo entre empresas e trabalhadores e pôs fim à paralisação iniciada no dia 9 de maio. Apesar do encerramento da greve, o Setut alertou que a negociação solucionou apenas a crise momentânea, mas não resolve o grave desequilíbrio financeiro e operacional do setor.

 

Transporte público de Teresina
Jade Araújo / A10+

   

De acordo com o Setut, o transporte público de Teresina enfrenta um déficit mensal de aproximadamente R$ 4 milhões, mesmo com o subsídio mantido pela Prefeitura. Entre os fatores que agravam a crise estão:

  • Queda de 60% na demanda de passageiros desde 2019;
  • Frota reduzida em 30%, com 270 ônibus circulando atualmente, contra 400 antes da pandemia;
  • 40% das passagens são concedidas de forma gratuita, sem compensação financeira dos governos estadual e federal.

Para as empresas, a disparidade entre os custos operacionais e a receita obtida com a tarifa atual torna o modelo economicamente inviável.

Na nota, o Setut defende que a crise no transporte público da capital só será superada com medidas estruturais, incluindo uma revisão completa do modelo de financiamento, reformulação das gratuidades e reestruturação operacional do sistema.

“Sem essas medidas, novas crises serão inevitáveis, penalizando mais uma vez os trabalhadores, os usuários, as operadoras e a própria cidade”, afirma o sindicato patronal.

Fonte: Portal A10+


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