📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter.
Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina paralisaram as atividades nesta sexta-feira (09). Com isso, pontos de ônibus por toda a cidade ficaram lotados nas primeiras horas de hoje.
A principal reivindicação dos trabalhadores é um reajuste salarial linear de 15% para todos os setores da categoria. Além disso, motoristas e cobradores pedem um ticket alimentação no valor de R$ 900, e todos exigem R$ 150 de auxílio saúde. O sindicato destaca que os trabalhadores ficaram de 2019 a 2021 sem qualquer reajuste salarial.
TV Antena 10
Segundo o presidente do sindicato da categoria, Antônio Cardoso, a greve foi aprovada após tentativas frustradas de negociação com o SETUT.
“A gente já vinha buscando esse entendimento para que não houvesse greve. Teve uma primeira mesa lá com o SETUT, onde eles não colocaram nada, na segunda a gente solicitou a mediação pelo MTE”, afirmou o sindicalista em entrevista à TV Antena 10.
Setut se manifesta
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) emitiu nota à imprensa alertando que a greve pode agravar a situação do setor com riscos de redução da frota em circulação e necessidade de demissões.
Segundo o SETUT, o sistema de transporte público enfrenta sucessivas crises e uma queda contínua na demanda, o que torna a paralisação ainda mais preocupante.
“Uma greve neste momento pode gerar ainda mais danos ao sistema, comprometendo sua sustentabilidade”, afirmou o sindicato patronal, acrescentando que essa situação pode levar à redução do número de veículos em operação e cortes no quadro de funcionários.
O SETUT também reiterou que permanece aberto ao diálogo e que tem mantido uma postura colaborativa nas negociações com os trabalhadores. De acordo com a nota, as empresas apresentaram proposta de renovação da convenção coletiva por dois anos, com manutenção de todos os benefícios sociais e previsão de negociação anual das cláusulas econômicas.
O SETUT informou ainda que encaminhará um ofício ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) expressando preocupação com os impactos da greve sobre a população, especialmente os usuários mais vulneráveis que dependem do transporte coletivo. A entidade diz estar adotando medidas técnicas e legais para garantir a operação mínima dos serviços essenciais durante a possível paralisação.
A nota também reconhece o momento de reorganização administrativa da nova gestão municipal e ressalta a importância do diálogo entre todas as partes envolvidas. “É fundamental que prevaleça o bom senso e o compromisso com o equilíbrio coletivo”, concluiu o sindicato das empresas.
Fonte: Portal A10+