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O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) denunciou, na tarde desta segunda-feira (12), que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO) está descumprindo uma ordem judicial que prevê uma multa diária de R$ 50 mil. Em nota ao A10+, o Setut informou que a liminar obtida determina a manutenção de um número mínimo de ônibus em circulação durante a greve do setor, para garantir a prestação do serviço essencial à população. Os trabalhadores do transporte voltaram a paralisar suas atividades nesta segunda-feira (12).
De acordo com a decisão, a operação deve contar com 80% da frota nos horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h nos dias úteis, e das 6h às 9h e das 12h às 15h aos sábados e 40% nos horários de entrepico. No entanto, o Setut afirma que a determinação não vem sendo cumprida e registrou que nos dias 9 e 12 de maio, menos de 30 veículos circularam nos horários de pico, quando o mínimo exigido seria de cerca de 215 ônibus, considerando a frota atual de 267 veículos prevista para os dias úteis.
O sindicato patronal classificou a conduta como ‘um grave desrespeito à população de Teresina’, que depende do transporte coletivo para suas atividades diárias, e à decisão judicial. O Setut destacou ainda que já está reunindo provas do descumprimento para apresentar ao Tribunal Regional do Trabalho, reforçando seu compromisso com a legalidade e a continuidade dos serviços.
Os trabalhadores do transporte coletivo de Teresina reivindicam reajuste salarial linear de 15%, ticket-alimentação de R$ 900 e auxílio-saúde de R$ 150. O sindicato afirma que, durante a pandemia, os trabalhadores perderam benefícios como plano de saúde e ticket, e ficaram sem reajuste nos anos de 2019, 2020 e 2021. Eles também criticam o risco de um dissídio coletivo, alegando que ele poderia manter o valor atual do subsídio municipal (R$ 1,25 milhão) sem garantir melhoria para os trabalhadores.
A entidade respondeu ainda às reivindicações dos trabalhadores afirmando que concedeu reajustes para a categoria em 2022, 2023 e 2024, acumulando reajustes salariais de cerca de 21%. Além de outros reajustes.
“Em 2022, foi firmada convenção coletiva com concessão de reajuste salarial de 6% e inclusão de novos benefícios, como vale-alimentação e plano de saúde. Em 2023, houve novo reajuste salarial de 6%, aplicado de forma linear a salários e benefícios.Em 2024, foi aplicado reajuste de 6,97%, acompanhado de avanços adicionais nos benefícios sociais”, afirma a nota.
Assim, apenas considerando os salários, houve reajustes acumulados de aproximadamente 21% nos últimos três anos, enquanto a inflação oficial no mesmo período não alcançou 17%.
Ao computar também a evolução dos benefícios, o reajuste global (salários e benefícios) ultrapassa a marca de 30%, representando expressivos investimentos nas condições dos trabalhadores.
Em relação aos benefícios, o auxílio-alimentação (ticket) evoluiu de R$ 170,00 em 2022 para R$ 350,00 em 2023, chegando a R$ 500,00 em 2024.
O auxílio-saúde, por sua vez, passou de R$ 60,00 em 2022 para R$ 80,00 em 2023 e R$ 107,00 em 2024, demonstrando o compromisso contínuo com a valorização e a qualidade de vida dos trabalhadores do setor”, detalha a nota.
Fonte: Portal A10+