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Com o cais multipropósito concluído, o Porto Piauí concentra esforços na entrega do terminal pesqueiro. Junto com a exploração de fertilizante marinho, o trabalho com a pesca dará início às operações comerciais do complexo portuário do litoral piauiense. O edital para urbanização da área será lançado ainda em julho e o espaço passará a abrigar linhas de beneficiamento com boxes de limpeza, esteiras de classificação e câmaras frigoríficas, atendendo desde pescadores artesanais até embarcações industriais.
Mais de 30% da população do litoral vive diretamente da atividade pesqueira, mas apenas quatro empresas operam hoje em escala comercial. “Com o terminal, 600 canoeiros e 150 barcos de maior porte terão ponto seguro para descarregar, higienizar e armazenar o pescado. Isso facilita a negociação e coloca mais dinheiro no bolso dos trabalhadores”, explicou o presidente da Companhia Porto Piauí, Raimundo Dias.
Atualmente, grande parte da lagosta e do atum capturados no estado é desembarcada no Ceará por falta de infraestrutura local. A previsão é reverter esse fluxo, incrementando a arrecadação de ICMS e estimulando a cadeia da pesca, com beneficiamento e comercialização do pescado, fábricas de gelo, transporte refrigerado e indústrias de processamento.
O Governo do Estado estima que, em até três anos de operação, a produção formal de pescado salte de 8 mil para 16 mil toneladas/ano, dobrando o volume registrado pelo Piauí em 2023, segundo dados do IBGE-Pesca.
Durante a fase de obras, o empreendimento emprega aproximadamente 120 trabalhadores. A operação permanente deve criar outras 80 vagas diretas e movimentar serviços de transporte, manutenção de embarcações e comércio local.
Fonte: Portal A10+