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O Brasil criou 71.576 empregos com carteira assinada em março, uma redução de 70% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o saldo foi de 245 mil. O saldo de empregos no mês foi o pior já registrado desde a criação do Sistema do Caged, em janeiro em 2020. A nova plataforma entrou para substituir o e-social (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas).
Os índices mostram que foram 2.234.662 milhões admissões e 2.163.086 milhões de desligamentos formais no período, segundo dados do novo Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), divulgado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) nesta quarta-feira (30).

Mais cedo, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, adiantou que o resultado seria menor ao comparado com os resultados para março dos anos anteriores. Marinho comentou, ainda, o resultado de fevereiro, quando o país registrou aumento de 199% na criação de empregos em relação ao mesmo mês do ano passado.
“O que aconteceu? Esse ano o Carnaval não caiu em março, caiu em fevereiro. Esse é um fato que muda o número de contratação de um mês para o outro. Seguramente, fevereiro teve uma antecipação de contratações que eram feitas em março, para fevereiro que teve mais dias de produção que os outros fevereiros. Em março teve menos dias de produção que outros marços de outros anos. Então é muito sensível esse processo”, disse o ministro.
A maioria dos empregos formais criados em fevereiro deste ano são do setor de serviços, com 52.459 mil vagas, construção, com 21.946 mil postos de trabalho gerados no mês, e de indústria (13.131 mil postos). Em contrapartida, o comércio e a agropecuária registraram saldo negativo, com 10.310 mil e 5.644 mil vagas, respectivamente.
A pesquisa indica que, em fevereiro, o estoque, relativo à quantidade total de vínculos celetistas ativos, foi de 47.857.000 vínculos, o que representa uma variação positiva de 0,15% em relação ao mês anterior.
Desemprego sobe para 7% no primeiro trimestre do ano
A taxa de desemprego no Brasil subiu e chegou a 7% no primeiro trimestre do ano. Apesar da alta na comparação trimestral, esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março em toda a série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quarta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa mostra que 7,7 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho. Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas desempregadas cresceu 13,1% (mais 891 mil pessoas) no trimestre. No entanto, no confronto anual, apresentou queda de 10,5% (menos 909 mil pessoas).
O número de empregados com carteira assinada no setor privado ficou estável no trimestre e cresceu 3,9% (mais 1,5 mil pessoas) no ano.
Fonte: R7