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O novo surto de Covid-19 já pode ser sentido no bolso pelo teresinense, além do aumento do preço dos testes de Covid na rede particular, equipamentos de proteção individual como máscaras e álcool em gel já sofrem um aumento de até 100%.

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, o Piauí teve 622 casos confirmados e sete óbitos nas últimas 24 horas, mas os números podem não refletir a realidade, já que o estado vive um desabastecimento de insumos, e já é grande o número de casos subnotificados.

Na rede pública, o exame é feito com agendamento prévio, e com vagas limitadas, não disponível para todos que procuram. O A10+ percorreu diversas farmácias entre as zonas sul e leste de Teresina, a procura de testes para detectar a Covid-19, e a resposta é a mesma, não há testes, "estamos esperando chegar".

A caixa com 50 máscaras que antes custava uma média de R$ 17 reais, agora custa em torno de R$ 36 reais. "A máscara que eu comprava por R$ 0,99 centavos até dezembro, nesse mês de janeiro passou para R$ 1,50 e agora em fevereiro eu fui comprar novamente no mesmo lugar e está custando R$ 1,98 a unidade", afirmou João Brito, servidor público federal.

Ao A10+ o Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Teresina (Sincofarma), Francisco das Chagas Ferreira, afirmou que o aumento no preço dos EPI´s deve-se a alta do dólar e a dificuldade em adquirir certos produtos.

"Esses produtos a maioria são importados, com aumento do dólar e a dificuldade de chegar ao Brasil, já que o mundo inteiro está precisando, incide no aumento do preço, chega em pouca quantidade e já vem com o preço alto", afirmou o presidente do Sincofarma.

Ainda de acordo com o representante da categoria, houve um aumento de 300% na procura por testes. "Misturou a epidemia de gripe, com a Covid e todo mundo está testando, esses testes também estão em falta porque o consumo aumentou mais de 300% de dezembro pra cá, então as farmácias não dão conta, e a maioria das indústrias já encontram o aumento da matéria-prima na produção", comentou.

O presidente do Sincofarma alertou ainda que o desabastecimento vai continuar e a indústria nacional já emitiu alerta que outros medicamentos e produtos também faltarão.

"Eu recebi um comunicado dos laboratórios brasileiros que eles estão com dificuldade em produzir os medicamentos, então em fevereiro, março e abril alguns produtos vão faltar devido ao alto consumo. Antigripais, analgésicos, antitérmicos, vitamina-c, e alguns remédios de uso contínuo também. Mas só vamos saber que produtos irão faltar, na medida que for ocorrendo", finalizou.

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