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A defesa de João Henrique Soares Leite Bonfim pediu a revogação da prisão preventiva para cumprimento de medidas cautelares diversas alegando que ele é réu primário e não possui antecedentes criminais. O estudante de direito, 22 anos, se envolveu em um grave acidente no domingo (1) que deixou um casal morto. A mulher morreu ainda no local e o marido dela faleceu dois dias depois. O motorista estava embriagado e em alta velocidade.
De acordo com os advogados de defesa do rapaz, as condições pessoais dele devem ser ponderadas na análise dos riscos e na verificação da real necessidade de prisão. O A10+ teve acesso ao pedido de soltura.
“Nesse contexto, João Henrique Soares Leite Bonfim é primário e não possui antecedentes criminais, conforme comprova a certidão negativa anexada. Ademais, possui residência fixa e exerce ocupação lícita, sendo estudante de Direito na Faculdade UNINOVAFAPI e funcionário da Locadora Viana, empresa do ramo de aluguel de automóveis. Portanto, a imputação em questão representa um fato isolado em sua vida, uma vez que não possui nenhuma condenação transitada em julgado em qualquer procedimento criminal anterior e dedica a sua vida ao trabalho e aos estudos”, diz trecho do documento.
O rapaz também sofre, conforme o documento, de uma doença cardíaca decorrente de má formação do septo atrioventricular e que por conta disso já foi submetido a algumas cirurgias e atualmente usa medicação de uso contínuo. O A10+ apurou que, apesar da condição, João Henrique gostava de dirigir em alta velocidade. Ele chegou a compartilhar os conteúdos em grupos de WhatsApp.
A defesa argumentou ainda que João reside com sua avó, de 91 anos e cuida dela com o auxílio da tia, Rosana Maria Callado do Bonfim, em tarefas básicas como dar banho, alimentar e fazer companhia. No dia do acidente, o motorista ultrapassou o sinal vermelho e matou um casal que estava numa motocicleta.
“Diante disso, as condições pessoais favoráveis do requerente devem ser consideradas por este Juízo ao avaliar seu grau de periculosidade social e decidir se a prisão cautelar é, de fato, a única medida capaz de tutelar os riscos à ordem pública e ao processo, ou se medidas cautelares diversas seriam suficientes para alcançar os objetivos visados pela restrição da liberdade”, pede a defesa.
Entenda o caso
João Henrique Soares Leite Bonfim, 22 anos, conduzia o carro que atropelou e matou Laurielle da Silva Oliveira e deixou o companheiro dela, Francisco Felipe Oliveira Duarte gravemente ferido na zona Leste de Teresina. Francisco morreu na madrugada desta terça-feira (03) no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O A10+ apurou que ele sofreu duas paradas cardíacas.
A esposa dele, Laurielle da Silva Oliveira morreu ainda no local da colisão. O casal deixa três filhos, sendo que o mais novo tem apenas 3 meses de vida. O motorista teve a prisão decretada ainda na tarde de domingo (1). Familiares do casal estão consternados com o caso e pedem justiça.
Fonte: Portal A10+