Piauí aposta em infraestrutura hídrica, tecnologia e na agricultura familiar para reduzir importação de frutas - Geral
PRODUÇÃO

Piauí aposta em infraestrutura hídrica, tecnologia e na agricultura familiar para reduzir importação de frutas

Ao fortalecer a produção local, o governo busca dar mais autonomia ao Piauí, movimentar a economia regional e gerar mais emprego e renda.


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O governador Rafael Fonteles pretende transformar o Piauí em um grande produtor de hortifruti. A meta é reduzir a importação de frutas e verduras comercializadas no estado, ampliando a capacidade de abastecimento próprio com oferta regular, diversidade e qualidade. Ao fortalecer a produção local, o governo busca dar mais autonomia ao Piauí, movimentar a economia regional e gerar mais emprego e renda em todo o território piauiense.

  
Piauí aposta em infraestrutura hídrica, tecnologia e na agricultura familiar para reduzir importação de frutas Divulgação
 
 
 

Para atingir esse objetivo estratégico, o Governo do Estado vem ampliando investimentos em produção agrícola, irrigação, organização dos agricultores e infraestrutura hídrica. As ações integram o trabalho de diferentes pastas, principalmente a Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) e a Secretaria de Estado da Irrigação e Infraestrutura Hídrica (Sefir).

Agricultura familiar como base da expansão produtiva

A SAF conduz dois dos maiores programas de desenvolvimento rural da história do Piauí: o Pilares de Crescimento e Inclusão Social – Fase II (Pilares II) e o Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI). Juntos, eles superam US$ 210 milhões em investimentos e têm como foco estruturar, organizar e modernizar a agricultura familiar, setor considerado decisivo para elevar a produção de hortifruti no estado.

Pilares II

Com financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), o Pilares II aplica US$ 62,5 milhões em ações voltadas para garantir segurança fundiária, ampliar práticas agrícolas sustentáveis e inteligentes para o clima, fortalecer a gestão dos recursos naturais, apoiar regularização ambiental e ampliar a assistência técnica e a organização produtiva.

O projeto atua em seis territórios estratégicos: Planície Litorânea, Cocais, Carnaubais, Entre Rios, Tabuleiros do Alto Parnaíba e Chapada das Mangabeiras, regiões consideradas de alto potencial agroprodutivo.

Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI)

Voltado ao semiárido, o PSI mobiliza US$ 147,5 milhões (BID + FIDA + contrapartida estadual) para promover segurança hídrica, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento socioprodutivo em 138 municípios, impactando diretamente 1,2 milhão de pessoas.

Além de apoiar a produção, o projeto investe em infraestrutura essencial para manter a atividade agrícola mesmo nos períodos mais secos, por meio da construção e recuperação de fontes de água, barragens, pequenas estruturas de captação e sistemas de abastecimento.

Organização, tecnologia e acesso ao mercado

A secretária da Agricultura Familiar, Rejane Tavares, explica que a expansão da produção de hortifruti passa necessariamente pela organização dos agricultores e pela inserção de tecnologia no campo.

“A SAF vem fortalecendo cooperativas e associações para que elas assumam etapas de logística, comercialização e, em alguns casos, de beneficiamento. Isso permite escala, qualidade e diversidade da produção. Além disso, programas como o Piauí Sustentável Inclusivo e o Pilares II ampliam acesso à irrigação, à assistência técnica, a tecnologias como energia solar e a implementos adaptados para a agricultura familiar, reduzindo custos e aumentando a competitividade”, explica a secretária da Agricultura Familiar.

A secretaria também reforça a importância de políticas de comercialização, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que ajuda os agricultores a ingressar no mercado institucional e, posteriormente, no mercado tradicional, além de parcerias com empresas privadas que compram diretamente da agricultura familiar.

Irrigação para produzir o ano inteiro

Para que o Piauí tenha oferta contínua de hortifruti, a irrigação também é um ponto central da estratégia. A Secretaria de Estado da Irrigação e Infraestrutura Hídrica (Sefir) já entregou 1.219 kits de irrigação por gotejamento, distribuídos em 48 municípios, com investimento de R$ 7,8 milhões.

Cada kit irriga meio hectare e garante uso eficiente da água, com aplicação direta na raiz da planta, reduzindo perdas por evaporação e permitindo produção mesmo na estiagem. O sistema também contribui para maior produtividade, menor custo operacional e mais segurança hídrica para os agricultores.

Fonte: Portal A10+


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