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Os movimentos Olga Benário e Correnteza inauguram, nesta segunda-feira (25), a “Ocupação Sala Lilás Janaína Bezerra vive!”, dentro do campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP). O espaço será voltado para o acolhimento de mulheres vítimas de violência.
As estudantes que encabeçam os movimentos decidiram construir o espaço para defender a vida das mulheres, sendo inaugurado na data em marca o Dia de Combate à Violência contra a Mulher. O espaço recebeu o nome da estudante de jornalismo na UFPI, Janaína da Silva Bezerra, vítima de feminicídio em janeiro de 2023 em Teresina.
“Abandonado há anos, o espaço não cumpria função social e sequer havia um planejamento da universidade para que ele tivesse alguma finalidade. Na universidade mais elitizada do Brasil, onde faltam salas de aula e não existem equipamentos que acolham mulheres vítimas de violência, as estudantes decidiram construir este espaço para defender a vida das mulheres”, diz o post do movimento sobre a inauguração do espaço.
Com isso, os estudantes ainda reivindicam que a Universidade de São Paulo aceite medidas protetivas, estabeleça o protocolo de acolhimento e encaminhamento de vítimas construído pelos movimentos feministas e que tenha um Centro de Referência capaz de dar seguimento às denúncias que recebem diariamente.
Relembre o caso
Janaína Bezerra, de apenas 22 anos, foi assassinada em uma sala da UFPI, após calourada ocorrida entre a noite de sexta-feira, 27 de janeiro, e a madrugada de sábado, dia 28. Thiago foi preso horas depois e teve a prisão preventiva decretada pela justiça no domingo, dia 29.
Em depoimento à polícia, ele contou que já conhecia a vítima e teriam “ficado” em outras ocasiões. Ele relatou que estavam em uma “calourada” na UFPI e que por volta das 2h convidou a jovem para seguirem a um corredor e em seguida se dirigiram a uma das salas de aula onde praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada por duas ocasiões, sendo a última por volta das 4h.
Thiago Mayson da Silva Barbosa foi julgado e condenado a 18 anos e seis meses de prisão. A defesa da família da estudante Janaína Bezerra irá pedir a anulação do júri, que está sendo questionado por equívocos de jurados. A qualificadora de feminicídio não foi considerada, o que poderia aumentar significativamente a condenação do réu.
Fonte: Portal A10+