Justiça realiza audiência sobre caso de piauiense morta após ser baleada durante assalto em São Paulo - Justiça
JUSTIÇA

Justiça realiza audiência sobre caso de piauiense morta após ser baleada durante assalto em São Paulo

Em entrevista ao A10+, noivo da vítima afirmou que um laudo e imagens de câmera de segurança comprovam que o tiro partiu da arma de um policial


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A justiça do estado de São Paulo realiza na próxima quinta-feira (30) a audiência sobre o caso da piauiense, Francisca Marcela Ribeiro, de 33 anos, que morreu após ser baleada nas costas durante assalto em um posto de combustíveis na zona sul da capital paulista, em outubro do ano passado.

De acordo o companheiro da mulher, Wilker Michel, um policial militar à paisana presenciou a ação e disparou contra os criminosos, e um dos tiros atingiu Francisca. A vítima estava noiva e foi sepultada com o vestido que usaria na cerimônia. Em entrevista ao A10+, ele afirmou que um laudo e imagens de câmera de segurança comprovam que o tiro teria partido da arma do policial.

  

Wilker Michel e Francisca Marcela Reprodução/Internet
   

"O sentimento é de indignação. Eu fui no Ministério Público para saber o andamento do caso, que o ato do policial tinha ficado como culposo, que ele estava como vítima, mas eles não tinham o vídeo, eu não tinha passado para eles minha versão. Eu mostrei tudo para ele, contei minha versão. E ele pediu para verificar o caso, pediu para ele [o policial] ser indiciado como Doloso", detalhou.

O homem revela que os bandidos tinham realizado o crime e guardado a arma quando houve a reação por parte do policial. "O bandido já estava indo embora. Vendo as imagens, dá para perceber que ele quis assassinar nós dois. Ele mirou em mim e não acertou, e mirou nela, infelizmente, acertou. O que eu quero dessa audiência é que seja revertido para cima dele também, que, claro, que o bandido também seja punido como já está sendo, ele está preso, outro faleceu e outro está foragido. Mas eu quero que o policial seja preso também, que ele pague pelo que ele fez", detalhou.


Após Marcela ser baleada, o policial teria dado continuidade à reação aos criminosos, e acabou atingido dois, sendo que um deles faleceu.  "A indignação dele ter começado a trabalhar um dia depois do ocorrido, normalmente. É uma tristeza, um sentimento de impunidade, mas eu creio que a justiça de Deus não falha e ele vai pagar pelo que ele fez", afirmou.

Wilker trabalhava como motoboy, mas afirmou que abrirá sua própria empresa que era um sonho do casal. A vítima, que era natural de Sigefredo Pacheco, no Piauí, deixou dois filhos de 13 e 17 anos.

"Estava de motoboy, juntei todo meu dinheiro pra realizar um sonho que tínhamos juntos, que era abrir uma hamburgueria, vou inaugurar na sexta-feira. Eu queria agradecer a todas as mensagens de carinho que recebo todos os dias, muitas pessoas do bem me acompanhando e me dando forças. Quero pedir que amem todos os dias, aproveitem cada momento, porque nunca sabemos quando pode ser o último Eu te amo", concluiu.

O A10+ não conseguiu contato com a defesa do policial militar citado pelo companheiro da vítima. O espaço segue aberto para os devidos esclarecimentos. A audiência será realizada às 14h no Fórum da Barra funda, em São Paulo.

Fonte: Portal A10+


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