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No momento em que tiroteios foram relatados em Damasco, capital da Síria, rebeldes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que faz oposição ao governo do ditador Bashar al-Assad, afirmaram estar no controle da cidade. Enquanto isso, segundo o site de rastreamento de voo Flight Radar, o sinal do avião que transportava o agora ex-líder do país desapareceu após o transponder da aeronave ter sido desligado.
O destino do voo de Assad ainda é desconhecido.
Em postagem na rede social X, antigo Twitter, o analista de Assuntos Curdos, Mutlu Civiroglu, compartilhou um vídeo em que mostra um homem removendo uma foto de Assad da fachada do Hospital Dar Al Shifa. “Eles tomaram o controle da televisão estatal, do aeroporto etc.“, escreveu Civiroglu.
Há relatos de comemoração na Praça Umayyad, em Damasco, onde estão localizados o Ministério da Defesa e das Forças Armadas Sírias. Autoridades do ex-governo teriam se retiradas desses locais.
Em outra postagem na rede social X, a rede de televisão saudita, Al Arabiya, divulgou que Mohammad Ghazi al-Jalali, primeiro-ministro sírio, estará no gabinete neste domingo (8) “pronto para os procedimentos de transferência".
Segundo o site de notícias da emissora britânica BBC News, em grupo do Telegram, o HTS disse que essa será uma “Nova Síria", onde “todos viverão em paz e a justiça prevalecerá”.
O grupo terrorista Hezbollah, apoiado pelo Irã e aliado de Assad, retirou soldados de diversas regiões da Síria.
Guerra civil Síria
Manifestações pró-democracia tiveram início em março de 2011, na cidade síria de Deraa, após diversos outros levantes contra ditadores se espalharem por vários países vizinhos — evento nomeado como Primavera Árabe. Até então, o governo era controlado ditatorialmente pela família Al-Assad desde a década de 1970.
Em represália, Bashar Al-Assad, no poder desde o ano 2000, perseguiu duramente todas as pessoas consideradas dissidentes, promovendo mortes, prisões e 13,8 milhões de sírios deslocados pelo mundo.
Durante o período, o ex-governo sírio contou com o apoio da Rússia, da Turquia e dos terroristas do Hezbollah. No entanto, após o revés desse grupo para as forças de Israel no Líbano, o exército de Assad acabou exposto aos rebeldes.
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, disse ser inadmissível permitir essa situação na região.
O que é o HTS
O Hayat Tahrir al-Sham (HTS) surgiu em 2011 sob outro nome, o Jabhat al-Nusra. A partir daí, foi considerado o grupo mais eficaz no combate ao ex-ditador Bashar Al-Assad.
O grupo se mantinha no governo da província síria de Idlib, de onde realizava suas operações, várias delas manchadas pela denúncia de violações aos direitos humanos.
Durante a ofensiva em direção a Damasco, os rebeldes afirmaram ter libertado detentos da prisão de Saydnaya, onde opositores de Assad teriam sido torturados e mortos.
Fonte: R7