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Após operação deflagrada na manhã desta terça-feira (09), pela Polícia Federal, o delegado Eduardo Monteiro concedeu entrevista à imprensa trazendo detalhes a respeito dos ataques cometidos contra a Universidade Federal do Piauí (UFPI). De acordo com a PF, esses ataques teriam sido encomendados por uma pessoa que teria participado de manifestações realizadas no mesmo ano na instituição.
No primeiro ataque, os invasores colocaram uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazendo um 'L' com a mão. Na legenda, eles utilizaram xingamentos e perguntaram se "o amor não tinha voltado?".
Em sua fala o delegado detalhou que houve um momento de manifestações contra a reitoria da UFPI, em que os envolvidos solicitavam melhorias na estrutura da universidade. A partir disso, uma pessoa teria feito a encomenda das invasões ao sistema interno da instituição. Foram, segundo a polícia, duas invasões no mesmo ano.
"Esses ataques, o que a gente identificou, eles foram encomendados. O primeiro ataque ali houve uma manifestação de alunos, enfim, de pleitos que haviam contra a reitoria da Universidade Federal, bem como uma manifestação política no primeiro ataque. Já o segundo ataque foi um ataque que desindexou a página da Universidade Federal dentro do Google. Então, quando você procurava no site da Universidade Federal, era redirecionado para outro site. E, além disso, eles fizeram uploads de páginas com conteúdo adverso daquele que consta normalmente no site da Universidade Federal", explicou o delegado.
O primeiro teria como objeto manifestar o desejo de reivindicações que esse estudante queria expor. O segundo, no entanto, foi para "zombar" a instituição. "Bem, o ataque que foi inicialmente foi encomendado, um ataque para ali fazer a manifestação dos desejos da pessoa que estava pleiteando algumas mudanças na Universidade Federal. Já o segundo ataque foi apenas um ataque, digamos assim, para zombar realmente ali da instituição", disse.
Divulgação
Ainda de acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em quatro cidades diferentes, sendo elas: São João do Piauí, Formosa, em Goiás, Santoné, em São Paulo, e em Parauapebas, no Pará. O núcleo criminoso atuava em ataques a outras instituições e existem, inclusive, outras investigações em andamento. Além disso, a polícia disse ainda que os investigados tinham apenas ligação pela internet, eles não se conheciam pessoalmente.
O principal alvo da operação foi o investigado do estado de Goiás. Ele teria sido, recentemente, alvo de outra operação. "O alvo de Goiânia era o principal, ele já foi, inclusive, alvo de uma operação, recentemente. E ele foi responsável por esses ataques a diversas instituições. Inclusive, teve um ataque que ele noticiava, na época, na internet, contra o site da Fluminense, em que eles teriam, supostamente, feito a contratação do jogador Haaland, e eles atacaram outras páginas", informou o delegado.
Por fim, a PF disse que o principal objetivo neste momento é garantir a restituição de valores financeiros, caso se comprove que houve pagamento de valores. "A prioridade agora é a gente estabelecer ali o pagamento financeiro desse ataque, se efetivamente houve o pagamento, os valores e ir também aprofundar a investigação para descortinar eventuais outros ataques a outras instituições", concluiu.
"O amor não tinha voltado?"
No dia 08 de maio de 2024, um dia após uma manifestação na instituição, o site da UFPI foi invadido por hackers reivindicando direitos e melhorias estruturais. No site foi publicada uma mensagem com a frase "O amor não tinha voltado?", logo abaixo de uma foto do presidente Lula.
Reprodução
A plataforma foi retirada de ar. O A10+ procurou a Universidade Federal do Piauí (UFPI) , que confirmou o caso e afirmou, na época, que dados já estavam sendo colhidos para a investigação do caso.
Fonte: Portal A10+