Dono de escritório de contabilidade é preso pela 3ª vez durante operação em Teresina - Polícia
OPERAÇÃO FAKER

Dono de escritório de contabilidade é preso pela 3ª vez durante operação em Teresina

Ao A10+, delegado detalha como ele conduzia o grupo criminoso; prisão ocorreu nesta quinta (01)


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O proprietário de um escritório de contabilidade foi preso durante a Operação Faker, deflagrada na manhã desta quinta-feira (01) pela Polícia Civil do Estado do Piauí, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Esta é a terceira vez que ele é preso. A ação é contra os crimes de fraude documental, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Um outro indivíduo foi preso em flagrante com droga e munições. Além dessas prisões, a polícia cumpriu outros 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Agricolândia.

  

Dono de escritório de contabilidade é preso pela 3ª vez durante operação em Teresina
PC-PI

  

Só na capital, foram apreendidos sete carros, um jet ski e quatro motocicletas. Entre os veículos apreendidos estão: uma Montana, Chevrolet Tracker, um Corolla, uma S10, uma SW4 e duas Hilux.

O delegado Francilio Queiroz do Greco contou ao A10+ que o dono do escritório de contabilidade é o líder do grupo. Ele foi preso pela 1ª vez em abril de 2019. Na época, foram apreendidos mais de 100 documentos falsos, uma arma, veículos, e uma quantia de R$ 4 mil.

Em abril deste ano, o suspeito voltou a ser preso por acusação de usar documentação falsa para obter registro de arma de fogo. A fraude, segundo a polícia, foi descoberta por servidores do Instituto de Identificação do Estado do Piauí, que acionaram a Polícia Civil e foi iniciada a investigação contra o homem.

"Ele continuava praticando os mesmos crimes, uma vez que a justiça determinou que o escritório fosse interditado, mas na realidade é usado para o crime, a finalidade é praticar ações para lesar, tanto o erário público, quantas pessoas em geral. Com a prisão de hoje a gente espera barrar essas práticas criminosas. É a terceira vez que ele foi preso. A investigação não para, a atuação de hoje é praticamente pelos mesmo crimes que ocorreram em 2019. Vamos continuar alisando esses novos documentos, investigando outras empresas e tentar descobrir como funcionava essa teia criminosa", explicou.

  

A ação é contra os crimes de fraude documental, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro
 

  

O delegado pontuou ainda que a Justiça autorizou o sequestro patrimonial contra os bens dos alvos da operação até o montante de mais de R$ 28 milhões de reais. De posse de toda documentação apreendida, a Polícia Civil constatou que havia uma forte organização criminosa atuando no Piauí e no Maranhão com fraudes documentais e lavagem de dinheiro, contando, segundo a investigação, com potencial participação de cartórios, estabelecimentos bancários e outros entes.

"Encontramos selos em brancos com indicativos de fraude, impressos em folha de papel, mas que seriam usados na prática de falsificação de documentos cartoriais. Boa parte dos integrantes da organização criminosa pertence a mesma família, pai, filhos, ex-companheiras e por aí vai. Se estima um valor de aproximadamente de R$ 28 milhões de prejuízos", narrou.

A Polícia Civil apurou ainda que várias pessoas e empresas fictícias eram criadas pelo grupo criminoso. A investigação mostrou que, a partir dessas pessoas físicas e jurídicas falsas, o grupo criminoso conseguia movimentar quantias em dinheiro de forma dissimulada, com o objetivo de esconder seu patrimônio e causar prejuízo às reais vítimas.

Fonte: Portal A10+


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