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O julgamento dos acusados de matarem a advogada Izadora Mourão, assassinada a facadas em fevereiro do ano passado, teve início na manhã desta quarta-feira (16). No banco dos réus estão o jornalista João Paulo Santos Mourão (irmão) e Maria Nerci dos Santos Mourão (mãe da vítima). O crime teria sido motivado em uma disputa por herança.
Em seu depoimento o noivo de Izadora Mourão, Marcos Viana, revelou detalhes do relacionado da advogada com a família, e que após a morte do pai, a jovem se sentia ‘desprotegida’. Marcos Viana afirmou que no dia do crime João Paulo quebrou uma rotina de anos.
“Ela sempre me dizia que ele tinha uma rotina rígida de anos, e no sábado ele sempre dormia até meio dia, e justamente no dia do crime ele acordou muito cedo. Eu me questionei porque isso, porque justamente naquele dia ele mudou?”
Uma semana antes de Izadora ser assassinada, João Paulo teria colocado o carro da advogada a venda.
“Todos os dias tinham briga, uma semana antes dele morrer eles estavam intrigados porque a Isadora pegou no celular dele, ai o João Paulo escreveu uma carta dizendo para deixar ela de mão. Eu sinto que a Izadora estava me preparando para eu estar aqui hoje. Porque tudo que ela me falava hoje faz sentido”, afirmou.
Marcos Viana revelou que Izadora tinha pressa em sair de casa e ambos estavam esperando a construção da casa de seu noivo, enquanto ambos dormiam em uma pousada. “Sempre que ela ia dormir ela escorava uma madeira na porta. Ela tinha muito medo, se sentia ameaçada”.
"Izadora já tinha me dito, olha, meu irmão tem um perfil de psicopata, ele é frio, não demonstra nem felicidade, nem tristeza", revelou Marcos Viana, que completa, "ela não comia nada que a mãe dela fizesse, eu já vi ela jogar comida fora, com medo. O João Paulo já disse que ela ia sair da vida dele, de um jeito ou de outro. Eu acredito que atraíram a Izadora para uma emboscada, no quarto do João Paulo", finaliza.
Relembre o caso
Izadora Mourão foi encontrada morta dentro do quarto do irmão em 13 de fevereiro de 2021. Segundo a polícia, a vítima foi atingida por nove golpes de faca. As investigações apontaram que o irmão, o jornalista João Paulo Mourão, após matar a advogada foi dormir no quarto da mãe.
Em 2021, a defesa sustentou que apenas a mãe teria participado do crime. No entanto, ambos foram pronunciados pelo crime de feminicídio. O crime teria sido motivado em uma disputa por herança.
Clique aqui e assista ao julgamento ao vivo.
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