📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter.
(Atualizada às 12h50)
A Polícia Federal e a Receita Federal (RF) cumpriram mandado de busca e apreensão em uma loja de aparelhos eletrônicos do Shopping Rio Poty, na manhã desta quarta-feira (02). O A10+ apurou que dos alvos, segundo imagens divulgadas pela Receita Federal, trata-se da loja de aparelho celular MyPhone Tecnologia, inaugurada recentemente no empreendimento comercial da capital.
A ação ocorreu no âmbito da Operação SIN TAX em combate a crimes de contrabando e descaminho de produtos eletrônicos e de lavagem de capitais. A suspeita é de uma organização criminosa especializada na importação e no comércio fraudulento de aparelhos eletrônicos nos estados do Pará e Piauí.
"A investigação teve uma maior fundamentação após um flagrante no Aeroporto Internacional de Belém, de um viajante, que trouxe uma quantia muito grande de equipamentos de telefonia celular de alto custo, que aponta para uma organização criminosa, chefiada por um empresário conhecido em Belém, que operava com várias lojas de nomes diferentes, utilizando laranjas. Esse empresário migrou para o mercado de plataformas digitais, com uma grande movimentação de dinheiro", disse Roger Morgado, delegado da Polícia Federal de Belém do Pará.
Ao total, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão: 10 em Belém (PA) e um em Teresina (PI), com participação de 16 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal. As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal do Pará, que também determinou o sequestro e o bloqueio patrimonial no valor de R$ 6,4 milhões.
O delegado explicou que entre as lojas alvos, três estavam localizadas em shoppings de Teresina e Belém. Ele destacou ainda um estrangeiro, que seria o elo entre o empresário e o mercado do Suriname. "O grupo trazia os aparelhos de forma ilegal e tentava passar uma credibilidade usando lojas dentro de shopping. Inclusive, em Teresina, uma loja recém-inaugurada", destacou.
De acordo com a Receita, a investigação revelou uma organização criminosa que atua na importação clandestina, no transporte, no depósito e na comercialização de eletrônicos, como drones e celulares de alto custo, frutos de descaminho. Após entrarem no país, os produtos eram vendidos em cinco lojas; quatro de Belém e a de Teresina, incluindo em shopping centers.
Foram identificados ainda padrões de sonegação fiscal e indícios de lavagem de capitais, como a constituição de empresas com sócios sem lastro econômico-fiscal, sendo todas vinculadas ao líder da organização.
A investigação é desdobramento de duas ações da PF: a Operação Mercador Fenício, de novembro de 2022; e de uma prisão em flagrante em dezembro de 2023, de um viajante no Aeroporto Internacional de Belém, que tentou entrar no país com diversos aparelhos eletrônicos, sem os procedimentos de importação regular e o recolhimento dos tributos devidos.
Outro lado
Procurado pelo A10+, o Shopping Rio Poty informou que não vai se manifestar sobre a ação deflagrada pela Receita nas dependências do empreendimento comercial.
Fonte: Portal A10+
