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Atualizada às 13h43
A Polícia Civil do Piauí concluiu o inquérito e indiciou os suspeitos da morte de Gustavo Soares Carvalho, na zona Sul de Teresina. O crime ocorreu em 06 de março desse ano no bairro Três Andares. A vítima foi espancada e teve o corpo queimado em uma grota.
O crime foi motivado diante do conflito entre facções criminosas. O delegado Jorge Terceiro informou que os envolvidos foram identificados como Michael Rodrigues de Freitas e Mateus Vinícius Ribeiro dos Santos , vulgo “Pé de Porco”. Também teriam participação os irmãos, menores de idade, E.A.S.F e João Emanuel Fernandes de Sousa, que foi morto em confronto com a Polícia Militar no caso do sargento Antônio Elenilton Araújo Galvão, 47 anos, em abril desse ano.
"A vítima, Gustavo, se encontrava em uma festa de reggae quando alguns indivíduos reconheceram ele como morador da Prainha, área que seria de uma facção rival do PCC, ele se encontrava em uma área do Bonde dos 40, no bairro Três Andares. Pegaram ele, verificaram o aparelho celular dele, viram que tinham imagens dele fazendo menção a facção rival, alguns gestos, e decidiram matar. Levaram até uma grota, amarraram, torturaram, espancaram, e atearam fogo. [...] Nos interrogatórios, alguns deles assumiram a prática do crime, informaram até como abordaram e levaram para a área da grota, onde alguns ficaram vigiando enquanto outros eram responsáveis pelo espancamento", afirmou o delegado.
Eles foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, organização criminosa e corrupção de menores. Segundo o delegado, com extensa ficha criminal, os indivíduos presos também teriam ligação com o caso de sequestro e assassinato de Carlos Alexandre.
"Os dois maiores também estavam envolvidos no sequestro e homicídio de Carlos Alexandre, da Vila da Guia, também área de atuação de facção rival", acrescentou o delegado.
A mãe de Gustavo, concedeu entrevista à TV Antena 10, e afirmou que o filho não tinha envolvimento com crimes. "Gustavo nunca matou ninguém, não. Eu soube que ele foi para uma festa de reggae, e lá reconheceram ele, dizendo que ele fazia parte de uma facção. Eu queria fazer um apelo para a Justiça não soltar essas pessoas, meu filho só gostava de se divertir, ele andava em festa, em todo lugar, mas nunca tinha acontecido isso. [...] Quero agradecer ao delegado por ter investigado o caso do meu filho, mas eu quero que a Justiça me escute. Eu sei que meu filho não vai voltar mais, mas eu estou em sofrimento, a dor está por dentro", desabafou.
No entanto, o delegado Jorge Terceiro esclareceu que Gustavo chegou a ser preso e denunciado por suposto envolvimento no caso também do sequestro de uma motorista por aplicativo.
"Ouvimos pais e familiares que afirmaram que ele não teria vínculo com facção, mas ele foi preso como suspeito de participação em um sequestro de uma motorista de aplicativo, no final de 2023, em Teresina. O juiz disse que não havia elementos suficientes, não se convenceu plenamente da participação dele, mas ele foi denunciado por esse crime", afirmou.
Fonte: Portal A10+