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A Polícia Civil do Piauí investiga o primeiro-tenente da Polícia Militar, Alexandre Filipe Tupinambá Silva, que é acusado de estelionato e falsificação de documentos. Segundo o delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial, os prejuízos com a prática criminosa são milionários e há mais de dez vítimas, dentre essas, a própria esposa do oficial e a conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Flora Izabel, que na época do crime era deputada estadual.
“Nós recebemos vários boletins de ocorrência, o principal deles foi o da própria esposa, uma senhora decente. Ele pegou o apartamento dela, vendeu para três pessoas e penhorou com um agiota. Em outros boletins de ocorrência, nós temos falsificação de documento, apropriação indébita e outra série de registros”, disse o delegado em entrevista à TV Antena 10.
No caso de Flora Izabel, ele atuava na sua segurança, que era disponibilizada pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), quando ela era deputada. Ele teria furtado um talão de cheques da parlamentar.
“No tocante aos cheques, cumpre informar que todos foram emitidos do período em que a Conselheira exercia o mandato de deputada estadual, de forma que a Conselheira apenas teve conhecimento da ação criminosa em razão do banco emissor ter entrado em contato para comunicar divergências na assinatura de cheques alvos de compensação. Vale destacar, que neste momento, após apurar o ocorrido, veio a seu conhecimento que o mencionado policial militar estava falsificando a sua assinatura e utilizando os cheques sem seu consentimento. Importante ressaltar, ainda, que nenhum cheque chegou a ser descontado/compensado”, diz nota da atual conselheira do TCE.
De acordo com o delegado, ele usava da farda da PM para conseguir a confiança das vítimas.
“Ele ia fardado, as vezes até na viatura da Polícia Militar, e a vítima confiava porque ele se apresentava como oficial da Polícia Militar, jamais poderiam deixar de acreditar que ele não fosse um cidadão de bem, mas ele já levou cinco veículos de uma vítima, porém já foram recuperados três. Somando tudo, o montante deve ser de quase R$ 2 milhões em prejuízos”, relata.
A polícia apura ainda o envolvimento de cartórios, que davam o reconhecimento dos documentos, que ele usava para adquirir os veículos.
“Essas pessoas são vítimas porque a documentação era legal, até o momento que ele apresentava na loja. Agora vamos tentar identificar se esses reconhecimentos de cartório são verdadeiros, se tinha alguém dentro de cartório ajudando ele”, explica.
O delegado informou que o policial não foi localizado até o momento e que as vítimas ainda estão sendo ouvidas. “Vamos instaurar o inquérito e encaminhar à Justiça com a solicitação da prisão preventiva dele. Infelizmente, ele não honrou a nossa Polícia Militar, uma instituição feita por homens e mulheres da melhor qualidade, respeitada em todo o Brasil. Lamentamos uma situação dessas”, destacou.
Fonte: Portal A10+