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O A10+ obteve acesso a um vídeo que mostra o exato momento em que o sargento Mota, da Polícia Militar do Piauí, sai de uma residência do bairro Areias, zona Sul de Teresina após, segundo denúncia do Ministério Público, furtar um perfume Malbec. O caso ocorreu em fevereiro de 2023, mas só veio à tona esta semana. O militar chegou a ser detido no último dia 9 de outubro durante a segunda fase da Operação Jogo Sujo II que mirou influencers que divulgavam jogos de azar ilegais nas redes sociais.
A dona da casa relatou à polícia que o sargento Mota teria adentrado a sua residência, no dia 15 de fevereiro de 2023, usando uma chave falsa, oportunidade em que subtraiu o perfume "Malbec", da marca O Boticário. Em 28 de julho do mesmo ano, ela afirmou que um policial teria retornado, em uma viatura, para destruir a câmera de segurança do imóvel efetuando um disparo de arma de fogo no equipamento.
As imagens obtidas pelo A10+ mostram o sargento saindo da residência na companhia de outro militar. Ele chega a olhar para a câmera que fica na frente da casa. Ambos estavam em uma viatura da Polícia Militar do Piauí. O promotor de Justiça, Assuero Stevenson Pereira Oliveira, afirmou que toda a ação ficou registrada em câmeras de segurança.
"Ou seja, restou claro a partir da análise dos autos que o policial militar ora denunciado, mesmo escalado para serviço de policiamento em outra localidade, dirigiu-se até a residência da vítima, ingressando na casa e subtraindo do interior da mesma objeto alheio móvel. Ficou claro, ademais, que empregou chave falsa durante o crime, consoante imagens registradas por câmera de segurança e acostadas aos autos", argumentou.
O membro do MP afirmou que o policial cometeu crime de furto qualificado com emprego de chave falsa, que pode acarretar pena de três a dez anos de reclusão. Outro policial teria sido citado, mas segundo o promotor, "não ficou demonstrada a unidade de desígnios para a prática do crime, tendo o militar, enquanto motorista da guarnição, dirigido até a localidade por ordem do seu comandante imediato".
Diante do caso, o promotor requereu a instauração de processo penal, "observando-se o rito estabelecido nos artigos 384 a 450 do Código de Processo Penal Militar, citando-se e interrogando-se o denunciado, ouvindo-se a vítima e as testemunhas abaixo arroladas e prosseguindo-se até final sentença condenatória", concluiu.
O que diz a PM?
Em nota encaminhada ao A10+, a Polícia Militar informou que não chegou nenhuma comunicação oficial do MP-PI sobre a denúncia. O comando geral da PM destacou que através da Corregedoria vai solicitar informações para posteriormente adotar as providências pertinentes de acordo com o caso.
Fonte: Portal A10+