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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (19) que a guerra na Ucrânia, provocada pela Rússia, "escancara a nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da Organização das Nações Unidas [ONU]". A afirmação foi feita pelo petista durante seu discurso de abertura da Assembleia-Geral, em Nova York, nos Estados Unidos, e que contou com o presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, na plateia. Os dois líderes vão se reunir na quarta-feira (20).
"A guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU. Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz. Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Tenho reiterado que é preciso trabalhar para criar espaço para negociações", afirmou Lula.
"Investe-se muito em armamentos e pouco em desenvolvimento. No ano passado, os gastos militares somaram mais de US$ 2 trilhões. As despesas com armas nucleares chegaram a US$ 83 bilhões, valor 20 vezes superior ao orçamento regular da ONU", completou o brasileiro.
Lula também falou de outros conflitos globais. "É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças. Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino. A este caso se somam a persistência da crise humanitária no Haiti, o conflito no Iêmen, as ameaças à unidade nacional da Líbia e as rupturas institucionais em Burkina Faso, Gabão, Guiné-Conacri, Mali, Níger e Sudão. Na Guatemala, há o risco de um golpe, que impediria a posse do vencedor de eleições democráticas."
Reunião com Zelensky
Após a Assembleia-Geral da ONU, Lula vai ter uma série de reuniões bilaterais. São elas: com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres; o presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen; o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store; e o presidente do Estado da Palestina e da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Na quarta-feira (20), o presidente brasileiro vai se reunir com Zelensky. A guerra, provocada pela Rússia e que já completou mais de um ano, será tema central da conversa. Caso a reunião de fato ocorra, será o primeiro encontro entre os dois. Os presidentes brasileiro e ucraniano conversaram por telefone em março deste ano. "Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém", afirmou o petista na ocasião.
Ainda no mesmo dia, Lula se reúne com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e com o presidente do Paraguai, Santiago Peña. Na sequência, o petista retorna ao Brasil.
Fonte: R7