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O senador eleito Wellington Dias (PT) afirmou nesta sexta-feira (23), durante coletiva em Teresina, que o Ministério do Desenvolvimento Social será o “coração” do governo Lula (PT). No seu primeiro pronunciamento em que fez após o anúncio de que comandará a pasta, o petista relatou algumas das “missões” que já foram repassadas pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-governador afirmou que o principal objetivo será tirar o Brasil do mapa da fome. Dias citou também que o Ministério tem como missão ampliar o direito a moradia e o acesso a saúde e assistência básica, como energia, água e educação.

"Me foi dada essa missão, a de cuidar do Ministério do Desenvolvimento, em especial dos mais pobres, é uma responsabilidade muito grande, dá um frio danado, mas eu digo a vocês que Deus está no comando. Estou determinado em cumprir este desafio", disse o senador eleito.

Na ocasião, Dias também comentou sobre o que a equipe de transição encontrou. Segundo ele, nas contas do governo federal não tinha dinheiro para a Farmácia Popular, Bolsa família, passaporte, merenda e que a missão do ministério é garantir para as 90 milhões de pessoas condições para que possam viver com dignidade.

"É aquilo que está na constituição, apresentar e priorizar atender essas milhões de pessoas que não têm habitação e as que moram na rua. Por isso, o programa Minha Casa Minha Vida vai voltar. Onde não tem energia, não tem água, água de qualidade… Cuida da alimentação saudável, cuidar do ser humano de forma integral, cuidar da criança desde a gestação. Garantir atendimento até os 12 anos e também adultos e adolescentes, homem, mulher, indígena, quilombolas, ou seja, com todo o respeito a dignidade e natureza humana", declarou o futuro ministro.

Outra prioridade do ministério, segundo Wellington, é a eficiência para que as políticas públicas cheguem com mais rapidez para quem precisa. Para ele, com a aprovação da PEC da Transição, que tirou o pagamento do Auxílio Brasil do teto de gastos, foi o marco inicial para que se inicie o projeto de tirar o Brasil do mapa da fome.

"Em relação ao Bolsa Família a boa notícia é que temos R$ 175 bilhões disponíveis apenas para o Bolsa Família, para garantir o pagamento de R$ 600 reais, cerca de 50% salário mínimo, conseguido no Congresso Nacional com muito trabalho e compromisso dos dois candidatos que concorreram ao governo. Alias, o auxílio mudou, não era justo até dezembro pagar R$ 600 e a partir de janeiro ter uma redução. Garantimos os recursos e acrescentamos os R$ 150 reais por criança, se o Bolsa Família tem duas crianças abaixo de 6 anos ela vai receber R$ 900 reais e mais 150 de cada criança. A nossa avaliação é que o dinheiro é suficiente para chegar a cada pessoa. É preciso fazer o dinheiro chegar a quem verdadeiramente está passando fome, o que vai permitir tirar o Brasil do mapa da fome", explanou.

Por fim, Dias também elencou as propostas que também terão destaques no ministério e no governo Lula, como o programa Acolhe Nordeste que é uma iniciativa do Consórcio Nordeste que visa acolher crianças e adolescentes órfãos que perderam os pais durante a pandemia. Outra proposta é o fortalecimento do MEC e a criação da secretaria dos Direitos Humanos.

"O programa Acolhe Nordeste que assume uma responsabilidade expressiva por conta da Covid, por suas milhares de pessoas que perderam pai ou mãe durante a pandemia. É uma proposta que nasceu aqui no Piauí, Maranhão e que será levada daqui para todo o Brasil. Também vamos trabalhar o MEC, que tem uma presença nacional e terá presença forte nas 27 unidades da federação e também o ministério vai ter contribuição de piauienses, vai ser desmembrado o ministério e criado a área dos esportes e a secretaria nacional dos Direitos Humanos", completou.

Ainda em coletiva, Wellington Dias desconversou sobre a possibilidade da deputada federal Rejane Dias (PT) assumir uma vaga como conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). 

Fonte: Portal A10+