PGR defende tornar réus Bolsonaro e outros denunciados por suposta tentativa de golpe - Política
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PGR defende tornar réus Bolsonaro e outros denunciados por suposta tentativa de golpe

A manifestação ocorre após as defesas apresentarem respostas às acusações


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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) manifestação a favor do recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados de suposta tentativa de golpe de Estado depois do resultado das eleições de 2022. A manifestação ocorre após as defesas apresentarem respostas às acusações.

“A Procuradoria-Geral da República, quando do oferecimento da denúncia, apresentou sua convicção sobre o enquadramento típico das condutas investigadas, a materialidade dos crimes imputados e os elementos persuasivos sobre a autoria respectiva. É quanto basta neste instante processual, enquanto se aguarda o recebimento da denúncia e a realização da instrução processual”, diz Gonet.

 
PGR 
José Cruz/Agência Brasil
 
 
Segundo a PGR, as informações sobre os denunciados foram sempre obtidas após requerimento da Polícia Federal e com manifestação da Procuradoria-Geral da República, sem que houvesse violação ao princípio acusatório.

“A denúncia descreve de forma pormenorizada os fatos delituosos e as suas circunstâncias, explanando de forma compreensível e individualizada a conduta criminosa em tese adotada por cada um dos denunciados”, diz o procurador no documento.

A manifestação se refere ao primeiro núcleo de denunciados. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente;
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros - ex-major do Exército e advogado;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin;
  • Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;
  • Ângelo Martins Denicoli - major da reserva do Exército;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha - engenheiro especialista em segurança da informação;
  • Bernardo Romão Correa Netto - coronel do Exército;
  • Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
  • Cleverson Ney Magalhães - coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira - General de Brigada do Exército;
  • Giancarlo Gomes Rodrigues - subtenente do Exército;
  • Guilherme Marques De Almeida - tenente-coronel de Infantaria;
  • Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
  • Hélio Ferreira Lima - tenente-coronel;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Julgamento

Com o recebimento das respostas, Moraes pode marcar o julgamento para analisar a denúncia na Primeira Turma do STF.

Caso a denúncia seja aceita pelo STF, os denunciados se tornam réus e passam a responder penalmente pelas ações na Corte. Então, os processos seguem para a fase de instrução, composta por diversos procedimentos para investigar tudo o que aconteceu e a participação de cada um dos envolvidos no caso. Depoimentos, dados e interrogatórios serão coletados neste momento.

Depois, o ministro responsável pelo caso produz um relatório. Na sequência, a Primeira Turma julga se condena os denunciados pela PGR.

Fonte: R7


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