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O Piauí apresentou uma redução de 40% nos casos prováveis de dengue em 2025, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (03). Mesmo com a melhora, o governo federal reforça que o combate ao Aedes aegypti precisa continuar para evitar novo avanço da doença.

De acordo com o levantamento, o estado registra atualmente 8,9 mil casos prováveis da doença, número inferior aos 14,8 mil notificados no mesmo período do ano passado. As mortes também caíram: foram 11 óbitos confirmados neste ano, contra 24 em 2024.

“Não podemos baixar a guarda. A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o lançamento da nova campanha nacional contra arboviroses.

Em todo o Brasil, foram contabilizados 1,6 milhão de casos prováveis de dengue em 2025, com redução de 75% em relação ao ano anterior. O número de mortes chegou a 1,6 mil, queda de 72% em comparação com 2024.

Campanha e Dia D de mobilização

Com o lema “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”, o Ministério da Saúde promove a campanha nacional de prevenção e mobilização social. O Dia D da Dengue está marcado para o próximo sábado (8), com ações em todo o país para eliminar focos do mosquito.

Neste ano, o Ministério da Saúde avançou no controle das arboviroses com o apoio da Força Nacional do SUS (FN-SUS), com capacidade para apoiar a instalação de até 150 centros de hidratação em cidades com alta incidência de casos. Foram distribuídos 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais para diagnóstico e 1,2 mil nebulizadores portáteis para bloqueio da transmissão, além do fornecimento contínuo de larvicidas e adulticidas. Além disso, 77,9 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas foram instaladas em 26 municípios.

Também foi inaugurada, em Curitiba (PR), a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade de produção de 100 milhões de ovos por semana. A tecnologia consiste na produção de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia, que bloqueia o desenvolvimento dos vírus dentro do Aedes aegypti, impedindo sua transmissão.

Investimentos e novas tecnologias no controle do vetor

A pasta também anunciou R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de tecnologias de redução da transmissão, como o método Wolbachia, atualmente presente em 12 municípios, com expansão planejada para mais 70 cidades, incluindo 13 delas ainda em 2025. Niterói (RJ), primeira cidade totalmente coberta pelo método Wolbachia, registrou redução de 89% nos casos de dengue e 60% de chikungunya.

Vacinação contra a dengue

O governo também prevê a ampliação da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, com produção em larga escala a partir de 2026. Atualmente, a imunização atende crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios com maior risco. Mais de 10,3 milhões de doses já foram distribuídas até outubro deste ano, de acordo com o governo.

Fonte: Portal A10+ com o Ministério da Saúde