CRM-PI encontra irregularidades em mutirão de cirurgia vascular no HGV, em Teresina, e suspende atendimentos - Saúde
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CRM-PI encontra irregularidades em mutirão de cirurgia vascular no HGV, em Teresina, e suspende atendimentos

De acordo com o conselho, dentre as irregularidades não há protocolo pré, per e pós-operatório, o que é proibido


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O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) fez uma fiscalização em um mutirão de cirurgia vascular que está acontecendo no Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina, com contratação pelo Governo do Estado, e uma série de irregularidades foram constatadas. Segundo o CRM-PI, as irregularidades ferem várias normas e, diante disso, o CRM-PI decidiu pela interdição ética, suspendendo as atividades do mutirão.

  

CRM-PI encontra irregularidades em mutirão de cirurgia vascular no HGV, em Teresina, e suspende atendimentos
Reprodução

   

Entre as inconsistências encontradas nesse mutirão do HGV,  que está acontecendo neste mês de fevereiro, estão: 

  • a falta do coordenador técnico do mutirão com RQE na especialidade, que é obrigatório;
  • não foi informado ao CRM-PI os médicos participantes do mutirão; 
  • não consta Certificado de Regularidade; 
  • nos prontuários não constam horário de atendimento e nem qual ato médico foi executado, o histórico de doenças dos pacientes, nem histórico familiar quanto a varizes e outras enfermidades, exames físicos e nem complementares;
  • não foi realizado exame de estado mental, nem informações sobre prognóstico e sequelas.

De acordo com o CRM-PI, o mutirão de varizes funciona apenas de forma unilateral e não fornece nenhum outro meio de tratamento além da escleroterapia com polidocanol, que é o procedimento para tratamento das veias varicosas e da insuficiência venosa crônica dos membros inferiores. Assim, aos pacientes não seria fornecido e nem orientado o retorno para avaliação com especialista vascular após o procedimento.

O CRM-PI informou ainda que não havia contrato com hospital de retaguarda, em casos de intercorrências. A equipe de fiscalização verificou que vários pacientes pós-operados ainda estavam no local e não tinham um termo com orientações a seguir e nem receberam nenhuma orientação sobre retorno ou sobre condutas em complicações operatórias. De acordo com o conselho, não há protocolo pré, per e pós-operatório, o que é proibido.

Todos os procedimentos eram feitos em uma única sala com 9 leitos, sem biombos, com alguns pacientes, homens e mulheres, necessitando ficar apenas com roupa íntima e com uma bata descartável semitransparente, sem conforto térmico e acústico. No local de realização dos procedimentos não tinha cardioversor, apenas DEA.

O Conselho informou ainda que para muitos pacientes, o primeiro contato com um cirurgião vascular aconteceu na maca no local onde iria fazer o procedimento cirúrgico. Pacientes também não receberam explicações sobre possíveis outros tratamentos, nem sobre riscos e complicações. Todos entravam na sala com solicitação de US Doppler de membros que não era feita. O US era realizado apenas para guiar punções de veias que receberiam o polidocanol.

O CRM-PI informou ainda que também encontrou várias irregularidades no mutirão de cirurgia vascular que aconteceu no Hospital Regional de Campo Maior, onde, entre outras irregularidades, não havia responsável técnico e nem o diretor técnico da empresa que realiza os procedimentos.

Fonte: Portal A10+


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