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O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT) se reuniu na tarde desta quinta-feira (16) com a ministra da Mulher Cida Gonçalves na sede do Palácio de Karnak. Na ocasião foram apresentadas as medidas de combate ao feminicídio e ações integradas que serão lançadas no dia 8 de março como um pacto de proteção à mulher. O ato contou com a presença de secretários e autoridades políticas.

Em entrevista à imprensa, Fonteles destacou os projetos criados no Piauí no combate à violência contra a mulher. Ele reforçou a importância de ter políticas públicas e ações que possam destacar, cada vez mais, o papel da mulher em vários setores.

"No Piauí criamos a Secretaria das Mulheres, que já era uma coordenadoria para ampliar as políticas de apoio, especialmente no enfrentamento à violência contra a mulher e na promoção da independência financeira das mulheres através de programas, como o empreendedorismo feminino. Eu acho que são as duas principais políticas pra que a gente possa ter as mulheres cada vez mais respeitadas e com a igualdade que a gente espera na nossa sociedade, que por sinal tem mais mulheres do que homens, são 52%", contou.

Rafael citou que a visita da ministra ao Piauí tem o objetivo de criar procedimentos mais rígidos em todas as secretarias no combate à violência contra a mulher. "Vai nos ajudar a ter procedimentos mais rígidos envolvendo todos os poderes pra que esses casos [feminicídio] além de não ficarem impunes, mas o principal, que não aconteçam mais. É isso que a gente tá procurando fazer com essa política de prevenção na área da segurança pública, da saúde pública e da assistência social", completou.

Mais cedo, a ministra visitou o local onde está sendo construída a Casa da Mulher Brasileira em Teresina. O espaço funcionará como um centro de atendimento especializado e humanizado, voltado para o atendimento à mulher em situação de violência doméstica, reunindo, em um só espaço, diversos serviços e instituições. Em entrevista, Cida Gonçalves falou sobre a inauguração da Casa e de outros projetos que serão executados em março.

"Nós estamos estabelecendo uma parceria para procedimentos de fato em casos concreto, investimento, planejamento pra que nós possamos ter o estado do Piauí como exemplo no Brasil de enfrentamento à violência contra mulheres, pra que não tenhamos mais feminicídios e violência sexual da forma como tem acontecido. Vamos ter várias ações do Governo Federal, entre elas, um pacto nacional de enfrentamento ao feminicídio que trabalha a questão de ações de prevenção com expansão da parceria Maria da Penha, tornozeleira eletrônica, campanhas nas escolas de forma didática e várias outras ações", explicou.

A ministra comentou ainda que um dos desafios que está enfrentando é o pouco orçamento para a pasta, isto porque, segundo ela, o governo Bolsonaro deixou R$ 23 milhões para serem usados nas medidas de combate à violência contra a mulher em todo o país. A gestora explicou que haverá novos investimentos e mais ações na gestão Lula (PT).

Fonte: Portal A10+