“Foi um balde de água fria”, desabafa presidente do Coren-PI sobre suspensão do piso da enfermagem - Saúde
PISO SALARIAL

“Foi um balde de água fria”, desabafa presidente do Coren-PI sobre suspensão do piso da enfermagem

Antônio Neto disse que sindicatos estão estudando a possibilidade de um movimento de greve


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O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI), Antônio Luiz Neto, disse neste domingo (04) que a categoria recebeu a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, em suspender o piso salarial da enfermagem, com muita surpresa e tristeza. Segundo ele, sindicatos em todo o Brasil estudam a possibilidade de uma greve.

"Nos pegou com muita surpresa, os profissionais estão todos indignados com essa decisão. Jogou um balde de água fria nos profissionais, uma coisa que a gente lutou bastante tempo, há décadas. Foi discutido amplamente os impactos, todas as instituições, inclusive a Confederação Nacional dos municípios e das instituições privadas já sabiam dos impactos", disse o presidente do Coren-PI ao A10+.  

Presidente do Coren-PI lamenta suspensão do piso salarial da enfermagem: “Tristeza”
Reprodução

   

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, por meio de uma liminar, o piso nacional da enfermagem aprovado pelo Congresso Nacional. A decisão do magistrado, tomada neste domingo (04), é liminar, ou seja, provisória.

Segundo Antônio, está sendo conversado uma possibilidade de greve nacional na saúde. Amanhã será realizada uma reunião para decidir os próximos passos a cerca da suspensão.

"É uma profissão que lutou muito na pandemia, é muito triste. Alguns sindicatos já estão falando em greve nacional, já tem um movimento voltado para isso", disse ao A10+.

Entenda o caso

De acordo com o ministro Luís Roberto Barroso, é necessário avaliar como fica o quadro de empregabilidade na área com a nova lei. Além disso, Barroso entendeu que a mudança pode gerar problemas financeiros nos estados, além de haver risco do fechamento de leitos por falta de pessoal.

O ministro atendeu pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a constitucionalidade da lei 14.434/2022 e alega que há risco de demissões em massa, pois o setor privado não teria condições de arcar com os novos salários.

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Fonte: Portal A10+


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