Alynne Patrício fala dos desafios, preparação e estratégias no mundo dos concursos públicos; VÍDEO!

Defensora pública foi a convidada do 9º episódio do A10Cast, o podcast da TV Antena 10 com Lídia Brito

A defensora pública Alynne Patrício foi a convidada do nono episódio do A10Cast, que foi ao ar neste domingo (16), na TV Antena 10. A professora falou sobre advocacia, educação e claro, os desafios e estratégias para os concurseiros no Piauí. 

Alynne Patrício ingressou na Defensoria Pública do Piauí em 2004 através de um concurso, sendo a mais jovem do país. Porém, antes mesmo de se formar em direito já havia conseguido outras três aprovações. Natural de Fortaleza, no Ceará, ela ressalta a importância dos estudos em sua trajetória. 


“O concurso mudou a minha vida. A minha família não tinha condições. Sou de Fortaleza e meus pais engravidaram ainda na faculdade. Minha mãe é professora aposentada da universidade estadual do Ceará e desde o início, um foco muito grande nos estudos. A gente não tinha condições, mas era tudo voltado para o estudo. Passei na Universidade Federal do Ceará e lá em Fortaleza tem os terminais de integração e cheguei a pegar oito ônibus. As pessoas olham e acham que ela deve ter tido todas as condições, oportunidades. Não, foi muita ralação mesmo. Quando chegou na metade do curso de direito eu disse: vou focar em concursos. Eu não tenho parentes advogados, não tenho quem possa me encaminhar e o concurso público vai ser minha oportunidade de estabilidade, de ingressar em uma carreira boa”, disse. 

Professora especialista em concursos em diversos segmentos e com centenas de alunos aprovados através do Instituto de Ensino Aplicado (INAPI), Alynne Patrício conta que começou a dar aula em um preparatório e desde então não parou mais de dar aulas. Ela destaca a estabilidade financeira, um sonho de todos que começa nesse mundo. 

  

Defensora pública Alynne Patrício foi a convidada do nono episódio do A10Cast TV Antena 10

   

“A transformação da vida que um concurso propicia e as pessoas dizem: ‘ah, você não vai ficar rico. Mas os concursos fecham duas portas: a da pobreza e a da riqueza. A pandemia foi um exemplo emblemático. Tudo fechou e nosso curso ficou 13 meses fechado, mas meu salário estava lá caindo mesmo na pandemia. EU Acho que compensa muito a qualidade de vida”, completa. 

No podcast, a defensora defendeu o serviço público e no caso da Defensoria Pública do Piauí, a professora ressaltou a atuação dos profissionais em todo o estado. 

“A gente tem que desconstruir essa imagem de que ser servidor público, é servir de qualquer jeito. Vocês que trabalham na TV devem observar o quanto os defensores públicos são dedicados e têm mudado esse cenário. Em todas as pautas relevantes da sociedade, a defensoria está inserida. Mas deixa eu te dizer. Nesses 21 anos eu já atendi gente debaixo de árvore, no meio do sol e por mais que seja uma evolução lenta, a gente já evoluiu bastante. Quando a gente chega na sede nova eu vejo o quanto a gente está com uma estrutura melhor e muito nos orgulha ter uma mulher chefiando nossa instituição. No sistema de justiça, é a única líder mulher. A gente está muito otimista que melhorou muita coisa e vai melhorar muito mais”, frisa. 

Por onde começar? 

Como e por onde começar a estudar para concursos pode ser o maior desafio, além dos contextos sociais. Por isso, o primeiro passo, segundo a professora, é a decisão. Além disso, ela aconselha a não se limitar e buscar os meios possíveis de dar um ponta pé inicial no mundo dos concursos. 

  

Episódio foi ar ar neste domingo na TV Antena 10 

  

“O primeiro conselho que eu dou: não se limita. As pessoas ficam pegando eu não consigo, eu não tenho recursos, eu não tenho condições, não tenho nível superior  e o primeiro passo é a decisão. Eu estudava por xérox e hoje tem um mundo de possibilidades de aulas gratuitas e eu que hoje é mais uma questão de vontade e determinação para iniciar e depois, lógico, tem estratégias. Um bom mentor e uma boa equipe faz toda a diferença. Mas eu acho que o principal mesmo é ‘eu quero isso e vou buscar as maneiras de seguir”, completa. 

Fazer curso de Direito é um diferencial para os concurseiros?

Questionada, Alynne Patrício pontua que o curso é uma ótima base para a disputa nos certames, mas é uma crença limitante. Há outros cases de sucesso que não são da área do direito. 

“É um curso bom e você consegue concluir sem internato, como tem na área de saúde e é um curso que propicia uma boa base para concursos públicos. Essa crença é limitante. Os grandes cases de sucesso do Inapi são de pessoas que não eram do direito e conseguiram. O segundo lugar geral da PRF é engenheiro. Eu sempre digo que o direito para uma pessoa de uma outra área é mais fácil de assimilar. Tem concurso que cai matemática, raciocínio lógico, física. Um aluno de exatas para ele aprender direito é mais fácil do que um aluno de direito aprender exatas. Mas tem cases de todos os jeitos. Use que você tem”, destaca. 

Sobre

O A10Cast vai ao ar todo domingo das 9h às 10h na TV Antena 10. O programa também é disponibilizado na íntegra no YouTube após exibição na TV. Siga o perfil no instagram: @a10cast.