O A10+ e a TV Antena 10 obtiveram nesta quinta-feira (26) a informação de que a Defensoria Pública do Piauí fez um pedido de verificação de sanidade mental para Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, acusado do envenenamento coletivo da sua família em janeiro deste ano. Oito pessoas morreram e segundo as investigações, Francisco teria agido em conjunto com a sua esposa, Maria dos Aflitos.
O caso de homicídios em série por envenenamento de membros de uma mesma família, em Parnaíba, no litoral do Piauí, chocou todo o Brasil. Foram oito mortes, em cinco meses, que segundo as investigações, premeditadas por duas pessoas: a matriarca e o padrasto das vítimas, que encontram-se presos.
Em nota, a Defensoria Pública explicou que tem realizado o acompanhamento e prestado toda a assistência relacionada ao fato
"Em relação ao atendimento do assistido F. de A. P. da C., a Defensoria Pública informa que tem realizado o acompanhamento e prestado toda a assistência relacionada ao fato, contudo, por se tratar de um processo que corre em segredo de Justiça, qualquer informação mais detalhada sobre os procedimentos adotados exporiam dados sigilosos do processo que não podem ser revelados", diz o documento.
Antes da prisão de Francisco e Maria, Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, havia sido acusada de envenenar as duas primeiras crianças que morreram. Na época do caso, a casa de Lucélia, no município de Parnaíba, foi incendiada e destruída pela população. A soltura ocorreu após a divulgação de um laudo que mostrou que não foi encontrado veneno nos cajus que foram doados pela vizinha às vítimas.
Depois do segundo envenenamento, a polícia vasculhou a casa e um baú de Francisco de Assis e encontrou livros sobre o Nazismo. As equipes passaram a analisar os objetos e encontraram um livro intitulado “Médicos Malditos”, que detalha como os médicos na Segunda Guerra Mundial, que atuavam na SS, conhecida como “Polícia de Hitler”, envenenavam suas cobaias durante experimentos.